Vereador aciona MP por suposta falsificação em acordo que garantiu Ednaldo na CBF

Vereador aciona MP por suposta falsificação em acordo que garantiu Ednaldo na CBF


Requerimento enviado ao MPRJ aponta laudo técnico com indícios de que Coronel Nunes não assinou o documento que viabilizou permanência de Ednaldo Rodrigues na presidência da CBF

O vereador Marcos Dias (Podemos-RJ) protocolou um requerimento junto ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) solicitando investigação sobre a legalidade do acordo que garantiu a continuidade de Ednaldo Rodrigues à frente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Segundo o parlamentar, há indícios de que a assinatura do ex-presidente da entidade, Antonio Carlos Nunes de Lima, o Coronel Nunes, presente no documento, pode ser falsa.

O requerimento foi endereçado ao Procurador-Geral de Justiça do MPRJ e inclui um laudo técnico pericial que levanta dúvidas quanto à veracidade da assinatura atribuída a Nunes.

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Ednaldo Rodrigues (Foto: Divulgação/CBF)

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Ednaldo Rodrigues e Coronel Nunes / Reprodução

Ednaldo Rodrigues e Coronel Nunes / ReproduçãoEdnaldo Rodrigues e Coronel Nunes / Reprodução


Laudo técnico aponta ausência de identificação gráfica

A peça central da denúncia é o Parecer Técnico de Exame Grafodocumentoscópico, assinado pela perita Jacqueline Tirotti. O laudo, anexado ao requerimento, conclui que não foi possível identificar a autoria da assinatura atribuída a Nunes no acordo que selou a permanência de Ednaldo Rodrigues.

De acordo com o parecer, “a convicção que se pode depreender de todas as características observadas e considerando todas as limitações intrínsecas ao presente exame é de NÃO IDENTIFICAÇÃO do punho periciado de ANTÔNIO CARLOS NUNES DE LIMA”. A conclusão técnica reforça a suspeita de falsificação documental, base da solicitação feita por Dias ao Ministério Público.

Parlamentar alerta para riscos à gestão do futebol brasileiro

No requerimento, o vereador destaca que a possível falsificação da assinatura compromete a legalidade do processo que resultou na permanência de Ednaldo no cargo máximo da CBF. Para Marcos Dias, os indícios periciais, aliados a reportagens que já levantavam suspeitas sobre a participação de Nunes, configuram “inconsistências robustas e extremamente graves”.

O parlamentar defende que tais elementos podem gerar impactos diretos na administração da entidade e cita riscos à integridade da gestão: “Evidencia-se a existência de riscos concretos, graves e de difícil reversibilidade para a gestão do futebol brasileiro, o que pode comprometer os resultados esportivos e comerciais esperados da CBF”.

Doenças neurológicas e histórico delicado cercam figura de Nunes

Reportagens mencionadas no requerimento relatam que, à época da assinatura, Antonio Carlos Nunes enfrentava sérios problemas de saúde. Com histórico de tumor cerebral desde 2018, o dirigente foi submetido a diversas cirurgias e apresentava quadro clínico de “ataxia e piora recente de déficit cognitivo”, conforme laudos médicos obtidos pelo portal Leo Dias e pelo site O Antagônico.

De acordo com os documentos, Nunes utilizou sua condição neurológica para justificar judicialmente a incapacidade de firmar qualquer tipo de acordo legal, alegando não possuir saúde sequer para buscar apoio da Defensoria Pública ou do Ministério Público.

Controvérsias anteriores envolvem o nome de Nunes

Não é a primeira vez que a participação de Coronel Nunes em decisões administrativas da CBF levanta questionamentos. Durante suas passagens como presidente interino da entidade, o dirigente acumulou episódios controversos, como o voto isolado no Marrocos para sede da Copa do Mundo de 2026, contrariando aliança firmada com a Conmebol.

Em 2021, sua esposa, Maria Venina Rosa de Lima, denunciou que o então presidente afastado Rogério Caboclo teria convencido Nunes, “sob forte pressão”, a assinar uma procuração em seu favor. O ato teria ocorrido dois dias antes de uma cirurgia cardíaca, quando Nunes estaria sob efeito de medicação e sem plena compreensão do teor do documento.

MPRJ deve analisar pedido e decidir sobre eventual apuração

O Ministério Público do Rio de Janeiro ainda não se manifestou oficialmente sobre o requerimento apresentado por Marcos Dias. Caso aceite a solicitação, o órgão poderá abrir procedimento investigativo para apurar a autenticidade do documento e eventuais crimes relacionados, como falsidade ideológica ou uso de documento falso.

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