Rogério Marinho aciona PGR contra governador da Bahia

Rogério Marinho aciona PGR contra governador da Bahia


Jerônimo Rodrigues declarou em evento que “botaria Bolsonaro e seus eleitores em uma retroescavadeira e levaria para a vala”

O líder da Oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), protocolou na 2ª feira (5.mai.2025) uma representação na PGR (Procuradoria-Geral da República) para investigar o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), por declarações controversas.

O petista disse, em um evento oficial no município de João Dourado (BA), na 6ª feira (2.mai.2025), que “botaria o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus eleitores em uma retroescavadeira e levaria para a vala”. Eis a íntegra do requerimento apresentado à PGR (PDF-195kB).

O congressista definiu o acontecimento como crime de incitação ao homicídio e ameaça grave à integridade física de adversários. “O discurso do governador da Bahia expõe a contradição do PT: embora pregue paz e amor, incita o assassinato de opositores, subverte a democracia e defende a punição arbitrária de apoiadores de Bolsonaro”, declarou Marinho.

O deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ) também acionou a PGR contra Jerônimo Rodrigues. Otoni de Paula diz que as falas de Jerônimo ultrapassam os limites da liberdade de expressão e ingressam no campo penal.

“A permanência da gravação na internet e sua contínua reprodução por diversos canais evidencia a gravidade e o alcance da declaração”, afirmou.

Além de Otoni, o deputado estadual Diego Castro (PL) protocolou uma representação no STF (Supremo Tribunal Federal), alegando que Jerônimo tem usado seu cargo para fazer campanha permanente contra figuras públicas de direita.

“Jerônimo Rodrigues tem usado seu cargo institucional para fazer campanha permanente contra figuras públicas de direita, especialmente o ex-presidente Bolsonaro. Isso fere o princípio da impessoalidade na administração pública e se aproxima perigosamente da prática de abuso de autoridade”, declarou Diego na denúncia.

DECLARAÇÃO

Leia a declaração de Jerônimo Rodrigues:

“Tivemos um presidente que sorria daqueles que estavam na pandemia sentindo falta de ar. Ele vai pagar essa conta dele e quem votou nele podia pagar também a conta. Fazia no pacote. Bota uma ‘enchedeira’. Sabe o que é uma ‘enchedeira’? Uma retroescavadeira, bota e leva tudo para vala”.

Em entrevista para a imprensa na 2ª feira (5.mai), o governador baiano disse que sua fala foi descontextualizada.

“Quem me conhece sabe, eu sou uma pessoa religiosa, sou uma pessoa de família. [A declaração] foi descontextualizada, eu apresentei anteriormente a minha inconformação, a minha indignação como o país estava sendo tratado e dei o exemplo da pandemia, quando 700 mil pessoas morreram por conta de atitudes de um governo federal”, afirmou.

Jerônimo se desculpou por ter usado o termo “vala”.

“Dei o exemplo da pandemia, se o termo vala foi pejorativo ou forte, eu peço desculpas. Não tenho problemas em registrar se houve excessos na palavra. Não houve intenção nenhuma de desejar a morte de ninguém”, disse.





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