Bicca defende incentivo fiscal para desenvolvimento verde

Bicca defende incentivo fiscal para desenvolvimento verde


Novo chefe de Grupo de Trabalho da Frente Ambientalista diz que benefícios são “eficazes” para transição ecológica; toma posse no novo cargo nesta 3ª feira

O novo secretário-executivo do GT (Grupo de Trabalho) de Empresas da Frente Parlamentar Mista Ambientalista, Victor Bicca toma posse do cargo defendendo incentivos fiscais para beneficiar empresas que contribuam com o “aperfeiçoamento” de políticas ambientais no país e o diálogo entre companhias, o Congresso e o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para atualizações legislativas.

“Acredito que os incentivos fiscais são um instrumento eficaz de desenvolvimento, inovação e mudança de hábitos. O foco principal do GT de Empresas será contribuir para o aperfeiçoamento das políticas públicas de meio ambiente do Brasil”, declarou Bicca ao Poder360.

Como chefe do GT de Empresas, Bicca ajudará o deputado Amom Mandel (Cidadania-AM), coordenador da pasta da bancada, na elaboração de projetos de lei e na articulação política para a aprovação de propostas ambientalistas que atendam também aos interesses de corporações. É comum que frentes parlamentares tenham equipes voltadas a esses objetivos.

Um manifesto com as pautas prioritárias da frente será lançado nesta 3ª feira (6.mai.2025), durante a cerimônia de posse de Bicca de sua nova função. O evento será no Salão Nobre Câmara dos Deputados e contará com a presença de deputados, senadores e empresários de diversos setores.

NECESSIDADE DE MUDANÇAS

Ao Poder360, Bicca disse que o planeta está vivendo um “momento crítico” ambientalmente. Defendeu a revisão de problemas estruturais do país, como a transição energética,  e disse que seu trabalho será focado na conciliação de incentivar o desenvolvimento econômico com “responsabilidade ambiental” e “justiça ambiental”.

“O meu objetivo será fomentar no âmbito do GT de Empresas o diálogo entre o setor produtivo e o Congresso, com vistas à construção de propostas que conciliem desenvolvimento econômico com responsabilidade ambiental e justiça social”, disse.

O Brasil tem a matriz elétrica com o maior uso de fontes renováveis entre as principais economias do mundo, com 89% da energia produzida sendo verde.

A proporção representa uma vantagem de 23 pontos percentuais quando comparado com o 2º colocado da lista, o Canada (66%). Mesmo assim, Bicca diz haver ainda espaço de crescimento brasileiro na bioeconomia e cita o potencial da Amazônia nacional no setor.

A bioeconomia é uma área da economia focada na produção e comercialização sustentável de bens alimentícios, farmacêuticos e outros. Pela diversidade ecológica, a Amazônia tem capacidade de fornecer matéria-prima em larga escala para o setor boticário –o que interessa às grandes empresas do setor.

“Ainda há muita oportunidade. O Brasil é um celeiro na inovação ambiental. Quando pensamos em bioeconomia e vemos o potencial da Amazônia, há muita oportunidade. Existem na região Amazônica plantas que podem ser matéria-prima para a indústria farmacêutica”, declarou.

QUEM É VICTOR BICCA

Formado em direito pela UnB (Universidade de Brasília), Bicca tem especialização em Relações Governamentais e desenvolveu sua carreira na Caterpillar. Há 24 anos na Coca-Cola, é diretor sênior de Políticas e Relações Governamentais da empresa.

Também é presidente da Abir (Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas), cargo que ocupa a posição desde 2021.

Ao longo de 10 anos, liderou o Cempre (Compromisso Empresarial para Reciclagem), participando de forma ativa na discussão e aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos e do Acordo Setorial de Embalagens.





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