Segundo o republicano, o presidente do banco central dos EUA não diminui os juros porque não é seu “fã”
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), declarou que não pretende demitir o presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), Jerome Powell, apesar das críticas recorrentes à política de juros da autarquia.
“Por que eu faria isso? Em breve poderei substituí-lo”, declarou Trump em entrevista ao programa Meet the Press, da emissora NBC. O mandato de Powell à frente do banco central norte-americano vai até maio de 2026. A entrevista foi gravada na 6ª feira (2.mai.2025), na Flórida, e exibida neste domingo (4.mai).
As declarações foram dadas às vésperas da reunião do Fed marcada para 3ª feira (6.mai) e 4ª feira (7.mai), quando é esperado que a autoridade monetária mantenha a taxa básica de juros no intervalo de 4,25% a 4,50%.
Apesar de afastar a possibilidade de demissão, Trump voltou a pressionar Powell por uma redução nos juros. Segundo o republicano, o presidente do Fed “deveria cortar os juros” e só não o faz por “não gostar” dele.
Em abril, Powell criticou publicamente a política tarifária de Trump, afirmando que a elevação de tarifas sobre parceiros comerciais poderia agravar a inflação. O chefe do Fed afirmou ainda que só adotaria novas medidas depois de maior “clareza” sobre os efeitos dessas ações.
Trump devolveu as críticas a Powell ao afirmar que o líder do Fed é “atrasado” por não reduzir a taxa básica de juros do país.
“Com os custos caindo substancialmente, como eu previ que cairiam, não deve ter inflação, mas pode ter uma desaceleração da economia a menos que o Sr. Tarde Demais [Powell], um grande perdedor, abaixe a taxa de juros agora”, disse o republicano na rede Truth Social.