Milton Mahuly Filho, CEO do Itaú Unibanco, enfrenta desafios na gerência do banco
Desde o final de 2024, Milton Mahuly Filho, CEO do Itaú Unibanco, vive dias complicados para lidar com a gestão da instituição financeira. “Estrelas” como o ex-diretor de marketing, Eduardo Tracanella (que saiu pela porta dos fundos com todo o cheiro de escândalo) e Alexsandro Broedel, ex-CFO, processado pelo banco, escancaram tensões internas. Os resultados financeiros de último ano com aumento de despesas e fechamento de agências, aliadas as “fofocas” envolvendo Roberto Setúbal, um dos herdeiros do Itaú, complicam ainda mais a vida de Milton Mahuly Filho.
Resultado ruim em 2024
Em fevereiro de 2025, o Itaú divulgou um relatório informando os resultados financeiros de 2024. O banco se viu obrigado a fechar mais de 200 agências ao redor do país, desassistindo milhares de clientes fiéis que eram atendidos.
Veja as fotos
CBF é patrocinada pelo Itaú desde 2008 / Reprodução
Milton Mahuly Filho é o atual presidente do Itaú Unibanco / Reprodução
Banco ItaúReprodução
Itaú / Divulgação
Itaú vive crise interna com acusações contra ex-executivosItaú vive crise interna com acusações contra ex-executivos
Os gastos com a operação do banco (excluindo juros de operações de crédito) totalizaram R$ 16,7 bilhões entre outubro e dezembro, representando um avanço expressivo de 4,8% em relação ao trimestre anterior. Esse aumento contínuo nas despesas operacionais pode sinalizar uma deterioração da alavancagem operacional da instituição e levanta dúvidas sobre sua capacidade de manter ganhos de eficiência diante de um ambiente macroeconômico ainda desafiador.
Entre os destaques negativos, chama atenção o aumento de 8,5% nos gastos com pessoal na comparação anual, chegando a R$ 7,1 bilhões. Ainda que o banco justifique essa elevação com base no acordo coletivo da categoria bancária, no aumento do pagamento por participação nos resultados e na maior terceirização de serviços, esses fatores também revelam uma pressão estrutural sobre a folha de pagamentos – o que pode afetar a margem operacional no médio prazo.
Cheiro de escândalo, processo e saídas de “estrelas”
No último ano, o Itaú se viu inserido em polêmicas saídas de nomes que costumavam ser sinônimo de confiança e qualificação. A saída mais marcante foi a de Eduardo Tracanella, considerado até então o maior diretor de marketing do país, que se viu sendo “chutado” pelas portas dos fundos após ser despedido por “mau uso de cartão corporativo”.
Por mais que, obviamente, o mau uso de um cartão seja uma prática péssima dentro do ambiente corporativo, algo parece não ter sido dito, afinal, como um diretor de marketing, que já atraiu bilhões para os cofres do Itaú e que tomava conta do maior orçamento pode ter sido despedido por tal motivo?
Outra saída que chocou foi a de Alexsandro Broedel, ex-CFO do banco. Vale destacar que a saída, a princípio, não teve cheiro de escândalo. Broedel optou por se demitir do banco após receber uma proposta de trabalho do exterior.
O problema foi o que veio a seguir: o Itaú o processou por, supostamente, fraudar a contratação de 40 contratações e receber R$ 3,35 milhões através de uma empresa de consultorias. Nada cheira bem.
“Fofocas” envolvendo Roberto Setúbal
Um dos nomes mais importantes da história do Itaú Unibanco é, sem sombra de dúvidas, Roberto Setúbal. Diretor-presidente do banco entre 1994 e 2016 e responsável pela unificação, além de herdeiro, o ex-mandachuva, por muito tempo, ditou a forma como as coisas funcionavam por lá.
No entanto, sua vida pessoal passou a ser exposta a partir do momento que sua ex-esposa Daniela Fagundes Setúbal passou a revelar comportamentos “obscenos”. Até consumo de pornografia na sua frente a ex-primeira-dama do Itaú expôs, acrescentando a barraco que vai a Justiça e Boletim de Ocorrência. Uma “fofoca” digna de subcelebridades e não de um casal que compõe a alta sociedade financeira do país.
E aonde entra a gestão de Maluhy Filho no meio disso? Não conseguir desassociar a imagem de Setúbal da instituição financeira. Antes, o Itaú se associava a grandes eventos, a um mundo corporativo responsável pela. Hoje, a “fofoca” de influenciador.
