Após o fracasso da terceira via em 2022, personalidades políticas se reúnem para uma nova tentativa de se eleger
A luta contra a polarização na política brasileira não é novidade. Depois de 13 anos seguidos sob um governo de esquerda, que resultaram no impeachment de Dilma Rousseff (PT) e no avanço da extrema-direita, alavancado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados, a alternativa escolhida pelos brasileiros após o mandato de Jair foi voltar para o já conhecido, e oposto, governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Agora, mirando nas eleições de 2026, os personagens políticos do Brasil se movimentam para buscar uma possível terceira via.
Os partidos de centro-direita são os jogadores que mais vem se movimentando nesse xadrez para conquistar o eleitorado. Um dos mais recentes, e principais, movimentos feitos foi a criação da “União Progressista”, a maior federação partidária do país, formada pelo União Brasil e o Progressistas (PP). A federação foi inaugurada na quarta-feira (30/4) e conta com a atuação de 109 deputados, 14 senadores, 1.400 prefeitos e 12 mil vereadores.
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Já bem conhecido pelos brasileiros, após assumir o governo de Dilma em 2016, Michel Temer (MDB) articula sua volta para os holofotes políticos em 2026. Temer planeja conquistar aliados para a solidificação da terceira via, a intenção do ex-presidente é articular uma união com os 5 governadores mais cotados para concorrerem as eleições, unindo forças para apoiar o escolhido para se candidatar a presidência.
O plano de Temer foi nomeado de “Movimento Brasil” e visa os governadores: Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul; Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais; Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo; Ratinho Junior (PSD), governador do Paraná e Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás.
De acordo com Michel Temer, a intenção é viabilizar uma parceria de centro competitiva, mas sem se prender a nomes específicos. O ex-presidente não descarta, inclusive, uma candidatura própria para voltar à presidência da República.
Em 2022, alguns nomes classificados como alternativas de terceira via chegaram a concorrer ao Planalto, como Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT), mas nenhum deles mostrou ter força suficiente para abalar a polarização dos conhecidos como “bolsonarismo” e “lulismo”. Por isso, o desafio agora é se destacar no tabuleiro político, conquistando força e popularidade para 2026, além de construir projetos e planos de governo que efetivamente possam convencer o eleitor brasileiro.
Por enquanto, Temer segue articulando seus movimentos e a União Progressista inicia seus trabalhos no Congresso Nacional e pelos estados brasileiros, a federação tem a expectativa de lançar sua pré-candidatura já no final de 2025.