Escritório Federal de Proteção à Constituição afirma que o partido é discriminatório em relação a alemães naturalizados
O Escritório Federal de Proteção à Constituição da Alemanha classificou nesta 6ª feira (2.mai.2025) o partido AfD (Alternativa para a Alemanha) como “extremista de direita”. A medida permite que o escritório monitore o partido e os integrantes de forma mais incisiva.
Segundo a Euronews, o órgão citou atitudes consideradas preconceituosas da AfD sobre etnias como o motivo da decisão, afirmando que o partido é discriminatório em relação a alemães naturalizados. A AfD foi o 2º partido com mais votos na eleição de fevereiro. Teve 20,8% dos votos e conquistou 152 das 260 cadeiras no Parlamento.
O órgão determinou que a AfD “visa a excluir certos grupos populacionais da participação igualitária na sociedade, submetê-los a um tratamento desigual inconstitucional e, assim, atribuir-lhes um status legalmente desvalorizado”.
De acordo com a declaração, os especialistas do escritório examinaram se as ações da AfD “correspondiam aos princípios básicos centrais da constituição alemã” ao longo de um período de 3 anos.
Os copresidentes da AfD, Alice Weidel e Tino Chrupalla criticaram a decisão. Afirmaram ser “um duro golpe para a democracia alemã” em comunicado conjunto.
A designação não equivale à proibição do partido, que só pode ser feita por meio de solicitação de uma das câmaras do Parlamento ou do governo federal, por meio do Tribunal Constitucional Federal.