Venda histórica de Pedro Lima impulsionou arrecadação, mas aumento de despesas e repasses mantém déficit financeiro no clube pernambucano
O Sport Clube do Recife apresentou um prejuízo de R$ 16,5 milhões no balanço financeiro referente à temporada de 2024, divulgado na noite da última quarta-feira (30/4). Apesar de quase dobrar a receita em relação ao ano anterior, o clube também ampliou significativamente os seus gastos.
A arrecadação total do Sport chegou a R$ 135,9 milhões, um salto considerável frente aos R$ 72,9 milhões de 2023. O principal fator para esse aumento foi a venda do lateral-direito Pedro Lima ao Wolverhampton, da Inglaterra, por 10 milhões de euros (cerca de R$ 60,2 milhões na cotação da época). Trata-se da maior negociação da história do futebol nordestino, e sozinha corresponde a 44% da receita anual rubro-negra.
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A primeira parcela da venda foi recebida em dezembro passado, no valor de R$ 35,4 milhões — 60% do total. O saldo restante, de R$ 23,6 milhões, deve ser quitado pelo clube inglês ao final da atual temporada. Para efeito de comparação, em 2023 o Leão arrecadou apenas R$ 2,7 milhões com transferências de atletas.
Além das vendas, os maiores ganhos vieram de direitos televisivos e premiações (R$ 25,1 milhões), ações comerciais e de marketing (R$ 19,3 milhões), programa de sócios — que chegou a 25 mil — (R$ 15,1 milhões), e bilheteria dos jogos, com R$ 14,4 milhões. Essa última cifra foi menor que a do ano anterior, impactada pelo uso da Arena Pernambuco enquanto a Ilha do Retiro seguia em obras.
Apesar da receita recorde, o clube encerrou a temporada com uma despesa total de R$ 172,4 milhões. O futebol profissional respondeu por R$ 92,6 milhões, enquanto as demais áreas do clube consumiram R$ 79,7 milhões.
A venda de Pedro Lima também gerou custos significativos: R$ 22,1 milhões foram repassados a título de “repasse financeiro de direitos econômicos”, devido à fatia de 30% pertencente ao atleta e seu empresário. Assim, dos R$ 60,2 milhões da negociação, R$ 42,1 milhões ficaram com o Sport.
No campo das dívidas, o clube viu seu passivo subir de R$ 276 milhões em 2023 para R$ 345 milhões em 2024. A diretoria, no entanto, aponta duas medidas que considera estratégicas para reverter esse cenário. A primeira foi a aprovação, em dezembro, do plano de pagamento da Recuperação Judicial (RJ), que reduziu em 80% o valor dos débitos trabalhistas, estimados anteriormente em R$ 123 milhões. A segunda foi o novo parcelamento com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. Segundo o clube, essas ações “reduziram o seu passivo total de R$ 396 milhões para R$ 109 milhões”, mudança que só deve constar oficialmente no próximo balanço.
Por outro lado, o patrimônio ativo do clube cresceu, passando de R$ 375 milhões para R$ 428 milhões.
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