Entenda como a Copa do Brasil virou vitrine para clubes modestos

Entenda como a Copa do Brasil virou vitrine para clubes modestos


Com premiações milionárias, visibilidade nacional e cota de TV, torneio vira salvação financeira e vitrine para times de menor expressão

A Copa do Brasil é a competição nacional mais rentável e democrática do futebol brasileiro. Com mais de 92 equipes, o torneio pode render mais de R$100 milhões ao campeão, entretanto não apenas o campeão que se privilegia de seu impacto financeiro.

A atual edição trouxe uma mudança no regulamento para as fases iniciais do torneio, favorecendo os clubes de divisões inferiores. Nas primeiras fases, os clubes mais bem colocados no ranking da CBF jogam como visitantes e até ano passado tinham a vantagem do empate para se classificar. Agora, caso ocorra o empate, o confronto será decidido nos pênaltis.

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ogadores do Palmeiras comemoram vitória contra o Fortaleza / Crédito: Cesar Greco

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Gabigol ao lado de companheiros de Flamengo durante a final da Copa do Brasil (Reprodução)

Gabigol ao lado de companheiros de Flamengo durante a final da Copa do Brasil (Reprodução)


Bolada milionária

O Maracanã, estreante da atual edição, arrecadou uma bolada milionária de premiação. A equipe cearense garantiu R$4,125 milhões com a classificação à terceira fase. Valor que representa quase 18x sua folha salarial, cerca de R$230 mil.

Para Claudio Fiorito, CEO da P&P Sport Management Brasil, que gerencia a carreira de mais de 115 atletas no país, com as novas contratações do futebol brasileiro, a Copa do Brasil se tornou ainda mais valorizada.

“O futebol nacional tem se profissionalizado muito nos últimos anos, refletindo diretamente no mercado de transferências. Os valores aumentaram e atletas badalados encontraram condições semelhantes à Europa e outros mercados para atuarem em terras brasileiras, não apenas do ponto de vista financeiro, mas também pela competitividade das nossas ligas. Com isso, torneios como a Copa do Brasil estão ganhando um destaque ainda maior, principalmente por proporcionarem grandes duelos”, destaca.

“A competição representa uma oportunidade única para diversos clubes ao redor do país. Para esses times, o torneio não é somente uma chance de brilhar no campo, mas uma vitrine de marketing estratégica. A visibilidade nacional gerada pela competição abre portas para parcerias comerciais, aumento na venda de produtos oficiais e até uma valorização da marca, impactando diretamente na captação de patrocinadores. Além disso, o bom desempenho pode ser um trampolim para outras ações fora de campo, como a atração de novos sócios-torcedores e o fortalecimento da relação com a comunidade local, gerando um ciclo de crescimento sustentável para essas equipes”, detalha Renê Salviano, especialista em marketing esportivo e CEO da Agência Heatmap.

Outra equipe que também se privilegia das premiações do torneio é o Concórdia de Santa Catarina. O clube disputa atualmente a Série D do Campeonato Brasileiro e com a classificação à segunda fase da Copa do Brasil arrematou R$1,83 milhões que serão utilizados para melhorar as condições da categoria de base.

Visibilidade

“A Copa do Brasil é uma das principais competições do país quando falamos em alcance e visibilidade para as marcas. A competição, além de atrair patrocinadores interessados no mercado nacional, permite que os clubes de menor expressão invistam em ações de marketing pontuais e, consequentemente, reestruturem suas finanças com a premiação recebida. Nesse cenário, é fundamental que esses clubes desenvolvam estratégias de fidelização, buscando potencializar as entregas para gerar valor e, assim, transformar vínculos inicialmente pontuais em parcerias de longo prazo”, afirma Thales Mafia, Gerente de Marketing da Multimarcas Consórcios, atual patrocinadora do Atlético Mineiro.

A classificação para as fases mais agudas da Copa do Brasil também gera oportunidades comerciais às equipes com baixo orçamento. A partir da terceira fase, todos os jogos são transmitidos ao vivo por Grupo Globo e Prime Vídeo.

“O torneio abre um leque de possibilidades enorme para a realização de ativações comerciais e outros projetos que visam estreitar o relacionamento dos torcedores com o clube. Com a hegemonia brasileira na América do Sul, é um torneio que conta com um apelo cada vez maior entre as equipes, o que valoriza o produto e aumenta a exposição das marcas envolvidas, algo imprescindível para todos os times, inclusive os de menor expressão”, aponta Bruno Brum, CMO da End o End, agência que conecta o torcedor à sua paixão e é um hub de soluções e engajamento para o mercado esportivo.

Campeões na segunda divisão

A disputa já teve campeões na segunda divisão em três ocasiões. Em 1991, o Criciúma derrotou o Grêmio na grande final, em 2004, o Santo André venceu o Flamengo dentro do Maracanã e se sagrou campeão, e em 2005, o Paulista de Jundiaí conquistou a competição sobre o Fluminense. Entretanto, os títulos não tinham o impacto financeiro e a competição não tinha o mesmo prestígio dos dias atuais.

“A Copa do Brasil é o torneio mais importante para os clubes da Série D e até para alguns da Série C, porque é a única chance de terem uma competição que não é deficitária. Se enfrentam clubes de menor expressão, tem chances maiores de se classificar e de receber as cotas de cada fase, e quando enfrentam os principais clubes do país, podem arrecadar uma bilheteria impossível nos campeonatos que geralmente disputam, ou até mesmo vender o mando dos jogos”, completa Renato Martínez, agente e sócio da Roc Nation Sports Brazil, empresa de esporte e entretenimento que gerencia a carreira de diversos atletas.

Na terceira fase, o atual campeão, os clubes mais bem colocados da última edição do Campeonato Brasileiro, o campeão da Série B e os campeões da Copa Verde e do Nordeste se juntam aos 20 classificados da segunda fase, tornando mais difícil a tarefa dos clubes de menor expressão.

Confira valores de premiação por fase para os clubes participantes da Copa do Brasil 2025:

1ª fase | 80 clubes
Grupo I (Série A): R$ 1.543.500
Grupo II (Série B): R$ 1.378.125
Grupo III (clubes participantes da Série C, D e outros): R$ 830 mil

2ª fase | 40 clubes
Grupo I (Série A): R$ 1.874.250
Grupo II (Série B): R$ 1.543.500
Grupo III (clubes participantes da Série C, D e outros): R$ 1 milhão

3ª fase | 20 clubes + 12 clubes = 32 clubes
Grupo I (Série A): R$ 2.315.250
Grupo II (Série B): R$ 2.315.250
Grupo III (clubes participantes da Série C, D e outros): R$ 2.315.250

Oitavas de final
Grupo I (Série A): R$ 3.638.250
Grupo II (Série B): R$ 3.638.250
Grupo III (clubes participantes da Série C, D e outros): R$ 3.638.250

Quartas de final
Grupo I (Série A): R$ 4.740.750
Grupo II (Série B): R$ 4.740.750
Grupo III (clubes participantes da Série C, D e outros): R$ 4.740.750

Semifinal
Grupo I (Série A): R$ 9.922.500
Grupo II (Série B): R$ 9.922.500
Grupo III (clubes participantes da Série C, D e outros): R$ 9.922.500

Final (vice-campeão)
Grupo I (Série A): R$ 33.075.000
Grupo II (Série B): R$ 33.075.000
Grupo III (clubes participantes da Série C, D e outros): R$ 33.075.000

Final (campeão)
Grupo I (Série A): R$ 77.175.000
Grupo II (Série B): R$ 77.175.000
Grupo III (clubes participantes da Série C, D e outros): R$ 77.175.000

Confrontos da terceira fase (times do lado direito decidem em casa):

  • Operário-PR x Vasco
  • Fluminense x Aparecidense
  • Paysandu x Bahia
  • Botafogo x Capital-DF
  • Internacional x Maracanã-CE
  • Retrô x Fortaleza
  • Brusque x Athletico-PR
  • Ceará x Palmeiras
  • Maringá x Atlético-MG
  • Botafogo-PB x Flamengo
  • São Paulo x Náutico
  • Cruzeiro x Vila Nova
  • Santos x CRB
  • Novorizontino x Corinthians
  • Criciúma x Red Bull Bragantino
  • CSA x Grêmio

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