Dólar emenda 8º pregão consecutivo de queda e fecha a R$ 5,63; Ibovespa tem alta

Dólar emenda 8º pregão consecutivo de queda e fecha a R$ 5,63; Ibovespa tem alta


O dólar à vista terminou a sessão desta terça-feira (29) em queda de 0,31%; já o índice da B3 fechou aos 135.092,99 pontos, com giro financeiro de R$ 22,9 bilhões, garantindo a 7ª alta seguida

CRIS FAGA/DRAGONFLY PRESS/ESTADÃO CONTEÚDODólar
Em abril, o dólar cai 1,31%, o que leva as perdas do ano a 8,89%

O dólar emendou nesta terça-feira (29), o oitavo pregão consecutivo de queda no mercado local e fechou abaixo da linha de R$ 5,65, apesar do sinal predominante de alta da moeda norte-americana no exterior e da desvalorização de mais de 2% das cotações do petróleo. Com mínima a R$ 5,6210, o dólar à vista terminou a sessão em queda de 0,31%, cotado a R$ 5,6306. A divisa já acumula desvalorização de 4,40% nos últimos oito pregões, vindo do nível de R$ 5,80 para a casa de R$ 5,63. Em abril, o dólar cai 1,31%, o que leva as perdas do ano a 8,89%.

Operadores e analistas voltaram a relatar entrada de fluxo estrangeiro tanto para a bolsa doméstica quanto para a renda fixa, além da internalização de recursos por exportadores. A leitura é a de queda o real se beneficia da rotação global de carteiras desencadeado pela piora das perspectivas para a economia dos EUA diante do aumento de incertezas com o tarifaço do presidente dos EUA, Donald Trump. Investidores reduzem posições em ativos americanos para buscar retorno em outros mercados.

O Brasil é atraente porque tem um mercado acionário muito descontado e taxa de juros elevada e em ascensão, dada a expectativa de que o Banco Central promova pelo menos mais uma elevação da Selic em 7 de maio. Isso aumenta a atratividade do carry trade e desencoraja carregamento de posições compradas na moeda norte-americana.

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Exterior

Lá fora, o índice DXY – termômetro do comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis divisas fortes – exibiu leve alta nesta terça e voltou a superar a linha dos 99,300 pontos na máxima, mas ainda acumula queda de mais de 4% em abril e perdas superiores a 8% em 2025. Em relação a pares do real, o dólar caiu em relação ao peso colombiano, ficou praticamente no zero a zero ante o peso mexicano, mas subiu na comparação com o peso chileno e o rand sul-africano.

Entre os indicadores do dia, o relatório Jolts mostrou que a abertura de postos de trabalho nos Estados Unidos caiu para 7,192 milhões em março, abaixo das expectativas dos analistas, que previam criação de 7,48 milhões de vagas. Houve revisão para baixa do número de fevereiro (7,568 milhões para 7,480 milhões). O índice de confiança do consumidor americano caiu de 92,9 em março para 86 em abril, além do esperado pelos analistas (88).

Trump assinou nesta terça à tarde ordem executiva que concede alívio a montadoras que fabricam veículos no país em relação a parte da nova tarifa de 25% sobre automóveis. Ele também afirmou que mantém “ótimas conversas com a Índia” para um acordo comercial e que está em negociação com a Austrália.

Rotação em carteiras globais garante 7ª alta seguida do Ibovespa

A busca por ativos de maior risco e uma rotação nas carteiras de gestores globais, na esteira do arrefecimento nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China e da possibilidade de que a maior economia do mundo corte juros ainda neste ano, ajudaram o Ibovespa a ter sua 7ª alta consecutiva. Contudo, o índice novamente arrefeceu os ganhos no período da tarde por uma resistência técnica, ao se aproximar do pico histórico de 137.469 pontos.

O Ibovespa fechou em leve alta de 0,06%, aos 135.092,99 pontos, com giro financeiro de R$ 22,9 bilhões, distante da máxima intradia de 136.149,74 pontos (+0,84%), quando estava no maior nível em 7 meses. Segundo dados da B3, houve ingresso de R$ 7,6 bilhões na Bolsa em cinco pregões, até o dia 25 de abril (última informação disponível).

Entre as novidades sobre tarifas nesta terça, destaque para Pequim suspendendo a tarifa de 125% sobre as importações de etano dos EUA, segundo reportagem da Dow Jones. Já a Casa Branca anunciou pouco antes do fechamento dos mercados que Trump assinou ordem executiva de tarifas sobre o setor automotivo, que evita efeito cumulativo de tarifas sobrepostas a automóveis e peças.

*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Carolina Ferreira





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