Em guerra comercial com os norte-americanos, o país asiático aumenta em 32% a compra da commodity do Brasil em abril
Em guerra comercial com os Estados Unidos, a China aumentou a compra de soja brasileira para substituir os grãos que historicamente negocia com os norte-americanos.
A entrada do grão do Brasil no país asiático deve aumentar em 32% em abril na comparação com o mesmo período de 2024, totalizando 700 mil toneladas, segundo o jornal chinês Global Times.
O porto de Zhoushan, próximo de Xangai, deve receber 40 carregamentos de soja brasileira até o fim de abril. No mesmo mês de 2024, foram 27 navios.
A China é a principal compradora dos grãos norte-americanos, mas tem reduzido essas importações pelas brasileiras há cerca de 2 anos.
O vice-diretor da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, Zhao Chenxin, declarou a jornalistas nesta 2ª feira (28.abr.2025) que a soja dos EUA “pode ser facilmente substituída”.
ENTENDA
Segundo a agência de notícias Reuters, o país asiático é responsável por 48% das exportações de soja dos EUA.
Essa relação comercial pode ser ainda mais impactada pelas tarifas impostas pelo governo do presidente Donald Trump (Partido Republicano). Já existem movimentações para uma substituição desses grãos e o Brasil surge como principal opção.
Ainda é cedo para o tarifaço impactar a compra de grandes volumes de commodities, uma vez que essas negociações são costuradas com meses de antecedência. As tensões entre as duas nações, no entanto, podem contribuir para minar o mercado.
