Enterro marca o início do Novendiali, período de nove dias de luto com missas e homenagens em Roma; conclave para eleger próximo pontífice deve começar a partir de 6 de maio

O Vaticano vive um momento de transição e luto após o sepultamento do papa Francisco, ocorrido neste sábado (26) na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma. A cerimônia foi privada, sem transmissão, e contou apenas com a presença de familiares e sacerdotes. O rito foi presidido pelo cardeal camerlengo, Kevin Farrell, e durou cerca de 30 minutos. Antes do sepultamento, o corpo do pontífice foi conduzido em cortejo pelas ruas de Roma, passando por pontos simbólicos como o Coliseu, o Fórum Romano e a Igreja Il Gesù — sede da ordem dos jesuítas, da qual Francisco fazia parte.
Ao chegar à basílica, o caixão foi recebido com homenagens, incluindo flores brancas levadas por crianças e uma pausa diante do ícone de Maria, local de oração frequente do papa. Francisco, que morreu em 21 de abril aos 88 anos, vítima de um AVC e insuficiência cardíaca, foi o primeiro papa a ser sepultado fora dos muros do Vaticano desde Leão XIII, em 1903. Ele havia expressado o desejo de descansar na Basílica de Santa Maria Maggiore, igreja com a qual mantinha forte ligação espiritual.
O sepultamento marca o início do Novendiali, período de nove dias de luto com missas e homenagens em Roma. A basílica ainda não foi reaberta ao público, mas a expectativa é que isso ocorra na noite deste sábado, com a realização de um rosário. A partir de domingo (27), as visitas ao túmulo devem ocorrer normalmente. Enquanto isso, o Colégio Cardinalício já se reúne para definir os próximos passos da sucessão. O conclave, responsável por eleger o novo papa, deve começar a partir de 6 de maio. Por questões de preparação, a Capela Sistina será fechada ao público nos próximos dias.

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O sepultamento do Papa Francisco foi acompanhado por um forte esquema de segurança em Roma, que incluiu drones, atiradores de elite, especialistas em desarmamento de bombas e o fechamento temporário do espaço aéreo. Diversos líderes mundiais, como Lula (Brasil), Donald Trump (Estados Unidos) e Emmanuel Macron (França), foram a Roma para se despedir do pontífice.
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