Acusações de agressão: Payet afirma ter vivido relação “sadomasoquista” com amante

Acusações de agressão: Payet afirma ter vivido relação “sadomasoquista” com amante


Portal LeoDias teve acesso ao depoimento do jogador e aos laudos psicológicos que confirmam diagnóstico da vítima. Caso segue sob investigação judicial no Rio de Janeiro e no Paraná

O portal LeoDias teve acesso aos documentos que integram o processo judicial movido por Larissa Ferrari contra o jogador Dimitri Payet, do Vasco da Gama. Os autos revelam pela primeira vez a versão apresentada pelo jogador francês ao Juizado de Violência Doméstica da Barra da Tijuca (RJ), além de laudos psicológicos que atestam o diagnóstico da vítima com transtorno de personalidade borderline, reconhecido pela Justiça.

Nos depoimentos, Payet nega qualquer tipo de agressão ou coerção, afirma que todas as interações foram consensuais e diz que Larissa compartilhava vídeos íntimos por vontade própria, como forma de afeto. Ele também afirma que a denunciante omite partes das conversas e tenta manipular os fatos após o término do relacionamento.

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Larissa Ferrari, amante de Dimitri PayetFoto: Reprodução

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Larissa Ferrari e Dimitri PayetReprodução: Instagram

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Dimitri Payet é casado há 18 anos com Ludivine, com quem tem 4 filhosReprodução


Já a defesa da vítima sustenta que as práticas descritas nos autos ocorreram sob coação emocional e psicológica, e que o consentimento foi distorcido por uma relação abusiva. Os advogados de Larissa apontam tentativa de revitimização por parte do jogador e pedem julgamento com base na perspectiva de gênero.

Os documentos fazem parte de um processo que corre sob sigilo e está em fase de investigação nas esferas civil e criminal. Os laudos, também obtidos com exclusividade pela reportagem, confirmam o histórico clínico de Larissa e são usados como base para os pedidos de medidas protetivas e reparações provisórias.

A versão de Payet: relação sadomasoquista consensual e vídeos enviados “espontaneamente”

No depoimento prestado à Unidade de Polícia Judiciária, obtido pelo portal LeoDias, Dimitri Payet apresentou sua versão dos fatos ao lado de sua advogada, Dra. Sheila Maria Lustoza de Souza Lovati. Ele afirmou estar ciente dos direitos constitucionais, mas optou por se manifestar oficialmente.

Segundo Payet, ele conheceu Larissa Ferrari por meio das redes sociais em agosto de 2024. Afirmou que ela já o seguia e que o contato começou após ele curtir uma publicação dela. A partir daí, iniciaram conversas no privado.

“Larissa passou a mandar vídeos íntimos e conversas sobre assuntos relacionados a sexo, encaminhando links de sites de pornografia, sugerindo que quando estivessem juntos, praticassem os mesmos atos”, informa o depoimento.

O jogador nega ter enviado qualquer conteúdo íntimo de volta e diz que todas as gravações partiam dela: “Nunca mandou nudes ou vídeos de cunho sexual para Larissa, apenas os recebia dela. Os vídeos eram feitos espontaneamente, sem qualquer tipo de ameaça ou pressão, até porque a ideia era de Larissa e Payet  concordou com a prática.”

Sobre o tipo de relação que mantinham, Payet afirmou: “O relacionamento íntimo era pautado pela prática sadomasoquista e consensual.”

Ele relatou que os dois se encontraram pessoalmente cerca de dez vezes, e que as conversas entre eles eram constantes. Em uma dessas ocasiões, mencionou uma fantasia envolvendo um vestido de noiva: “Perguntou a Larissa se ela ainda possuía seu vestido de noiva, pois queria transar com ela vestida dessa maneira.”

Na sequência, relatou uma prática proposta por Larissa: “em contra-partida Larissa manifestou a vontade de ‘ser urinada’ pelo declarante durante a prática sexual, que então, a pedido de Larissa, encaminhou ao declarante um vídeo em que ela, espontaneamente, bebia sua própria urina e colocava sua cabeça no vaso sanitário.”

O jogador afirmou que o ato envolvendo o vaso sanitário nunca foi feito pessoalmente: “ele esclarece no entanto que sobre Larissa colocar a cabeça dentro do vaso sanitário, se tratou de algo inédito e espontâneo por parte dela, pois pessoalmente nunca praticaram este ato.”

Payet também respondeu sobre as marcas no corpo da vítima, explicando que eram resultado de pedidos durante as práticas sexuais: “era pedido ao declarante que desferisse tapas em suas nádegas, que deixava marcas, que em relação às marcas nas pernas eram provenientes dos locais onde ocorriam a prática sexual, mesmo que leve no corpo de Larissa, já deixava alguma marca.”

Em seguida, o atleta Negou qualquer agressão física: “nunca a agrediu fisicamente e durante o sexo também nunca desferiu qualquer soco ou tapa em seu rosto.”

Segundo ele, a relação esfriou quando Larissa passou a falar em seguir com o envolvimento na França: “passou a manifestar o desejo de continuar a relação extra-conjugal na França, visto que o contrato de trabalho do declarante está para terminar e há possibilidade de retorno ao país, situação que foi inviabilizada pelo declarante.”

Após esse afastamento, Payet afirma que Larissa relatou uso de medicamentos e passou a demonstrar comportamento instável. Ele cita um episódio ocorrido em seu aniversário: “no dia do aniversário do declarante, Larissa ligou ao declarante, informando que se em quatro horas ele não lhe retornasse iria expor os ‘segredos’ do declarante, que logo depois foi surpreendido pelos registros de ocorrência.”

Payet também afirma que a vítima lhe relatou questões relacionadas à saúde mental: “comentou com o declarante que tinha problemas psicológicos e ou psiquiátricos.”

Por fim, ele negou veementemente ter forçado qualquer prática ou agido com violência: “nunca a submeteu a tratamento violento ou humilhante, ou a obrigou a qualquer prática, uma vez que as práticas sadomasoquistas eram realizadas em comum acordo.”

Laudo psicológico confirma diagnóstico de transtorno de personalidade borderline

O portal LeoDias também teve acesso exclusivo ao laudo psicológico apresentado no processo pela defesa de Larissa Ferrari. O documento confirma que a vítima possui diagnóstico de Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), condição que impacta diretamente sua estabilidade emocional, percepção de si mesma e forma de se relacionar com os outros.

O parecer técnico é assinado por uma profissional de psicologia habilitada e reconhece que Larissa convive com a condição , sendo assim acompanhada clinicamente. O documento destaca que o transtorno compromete a regulação emocional e pode gerar comportamentos impulsivos, reações emocionais intensas e relações interpessoais instáveis.

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