Presidente da Câmara afirma que há um “sentimento de convergência de que algo precisa ser feito”
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), declarou nesta 5ª feira (24.abr.2025) que “ninguém” na Casa Baixa concorda com “penas exageradas” que estariam sendo aplicadas como punição pelos atos extremistas de 8 de janeiro.
“Ninguém aqui está concordando com penas exageradas que algumas pessoas receberam. Nenhum líder aqui está a favor de nenhuma injustiça, por mais que a sua condição partidária o limite na defesa”, disse depois de reunião com líderes partidários, em que o projeto foi tratado.
Motta afirmou haver um “sentimento de convergência de que algo precisa ser feito” sobre o tema e que tanto partidos contrários como os favoráveis à anistia se mostraram dispostos a discutir um texto.
Segundo ele, o projeto de anistia não deve ser pautado na próxima semana, por um pedido da maioria dos deputados. Disse, porém, que o assunto deve voltar a ser discutido na reunião de líderes da próxima 4ª feira (30.abr).
“Vamos seguir dialogando e conduzindo esse debate da maneira mais profunda possível para que uma solução possa ser dada”, declarou.
Motta se reúne na tarde desta 5ª feira (24.abr) com o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), para debater o assunto.
Na 4ª feira (23.abr), Sóstenes deu um ultimato a Motta para pautar a urgência do projeto de anistia.
LINDBERGH: SOLUÇÃO PRECISA PASSAR PELO STF
Líder do PT na Câmara, o deputado Lindbergh Farias (RJ) declarou que o partido não se oporia a uma proposta de anistia, desde que o conteúdo passe pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
“Se tiver uma decisão do Supremo em relação à revisão de penas de casos menores, não dos mentores, deixando ressalvado que é uma questão que passa pelo Supremo, nós não teremos nada a opor”, afirmou, também depois da reunião.