Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês declara que os países ainda não iniciaram nem consultas sobre o tema
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, disse nesta 5ª feira (24.abr.2025) que o governo chinês ainda não abriu diálogo com os Estados Unidos sobre as tarifas comerciais aplicadas pelos países.
Em conversa com jornalistas, Jiakun declarou que não houve “consultas” entre China e EUA para resolver a questão e que um acordo ainda parece estar distante.
O porta-voz afirmou que a China está aberta a negociar com os EUA uma redução nas tarifas comerciais, mas que foram os norte-americanos que iniciaram a guerra comercial e que os chineses mantêm uma posição “clara e consistente” nessa disputa.
“O diálogo e a negociação devem ser equitativos, respeitosos e mutuamente benéficos”, declarou. “Se os EUA realmente querem resolver o problema, deveriam cancelar todas as medidas unilaterais contra a China”.
Na 4ª feira (23.abr), o presidente dos EUA, Donald Trump (Republicano), afirmou que autoridades dos EUA conversam “todos os dias” com as da China e que há oportunidade de um “grande acordo” comercial. Disse ainda que mudanças nas tarifas de 145% a importações chinesas dependem da China.
Na 3ª feira (22.abr), Trump disse que as tarifas aplicadas aos produtos chineses, serão reduzidas “substancialmente”, mas não “voltarão a ser zero”.
Ao contrário do presidente norte-americano, o governo chinês não fez qualquer declaração de que há uma negociação em andamento para reduzir as tarifas, mas sinalizou uma mudança em sua política externa comercial que pode aproximar os países de uma solução.
Na semana passada, Pequim trocou seu principal negociador comercial e nomeou o economista Li Chenggang para a função. A substituição se deu por Chenggang ser uma figura mais experiente nas relações comerciais com os EUA. Ele já tinha ocupado o cargo de 2018 a 2021.
Durante seu tempo como principal negociador do país, o economista chinês participou das tratativas que frearam um aumento nas tarifas norte-americanas contra a China em 2019.
