Congresso em Foco

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu nesta quarta-feira (23) a proposta do governo Lula de estabelecer uma alíquota mínima de 10% do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 50 mil por mês. A medida está no projeto de reforma do IR enviado ao Congresso como forma de compensar a arrecadação perdida ao se isentar do imposto quem ganha até R$ 5 mil.

“Estou falando de pessoas que estão… Não é que a pessoa é do andar de cima, a pessoa é da cobertura”, disse o ministro. “Não estou falando de 30%, 40%, que são alíquotas comuns na União Europeia. Nós estamos falando de 10%”.

A declaração foi feita no evento “Pulso Econômico: As Novas Regras do Jogo”, organizado pela CNN Brasil, que também contou com a participação do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). O projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda está no Congresso com a relatoria do deputado Arthur Lira (PP-AL), e deve sofrer modificações.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, diz que proposta de imposto mínimo de 10% fica abaixo do que é cobrado em outros países:

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, diz que proposta de imposto mínimo de 10% fica abaixo do que é cobrado em outros países: “Não estou falando de 30%, 40%, que são alíquotas comuns na União Europeia”Newton Menezes/Código 19/Folhapress

Haddad disse que a compensação com o imposto para rendas mais alta é “justa”, mas também afirmou desconhecer outras opções na mesa: “Na minha opinião, encontrar uma solução mais justa do que essa, eu não consigo nesse momento… até porque não conheço uma proposta alternativa”. O PP, partido de Arthur Lira, chegou a anunciar a ideia de diminuir a faixa dos atingidos pela tributação mais alta para quem ganha a partir de R$ 150 mil, em vez de R$ 50 mil, com outras medidas de aumento de arrecadação para compensar isso.

Segundo ele, o texto enviado ao Congresso tem um “efeito colateral” bom ao redistribuir renda. “Insisto em dizer: nós somos uma das 10 economias do mundo, e estamos entre as 10 piores em distribuição de renda. Não é compatível”, declarou.



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