Essa é a segunda vez que a empresa precisa tomar esse tipo de atitude e eles ainda não foram autorizados pela Anac a retornar com as operações
A situação continua extremamente complicada para a Voepass Linhas Aéreas, e a empresa precisou entrar com um pedido de recuperação judicial na noite da última terça-feira (22/4). A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) suspendeu todas as operações da companhia em março, após o acidente fatal com um avião, em agosto de 2024.
Segundo as informações do G1, essa é a segunda vez que a companhia aérea de Ribeirão Preto (SP) ajuíza esse tipo de processo na Justiça em sua história recente. Em março, a Anac definiu a suspensão dos voos após constatar várias irregularidades e falta de segurança nas operações.
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De acordo com as informações atualizadas na nova petição da empresa, sem contar os débitos em dólares, eles acumulam dívidas em torno de R$ 400 milhões. O acidente aéreo que matou 62 pessoas em Vinhedo (SP) agravou a crise financeira, além das divergências com a Latam.
As duas empresas mantinham um acordo para a operação de voos, que chegou a representar 93% do faturamento. Uma reestruturação financeira chegou a ser anunciada em fevereiro, quando também se obteve a suspensão de ações de credores e a apreensão de aeronaves.
Voepass demitiu funcionários nos meio da crise financeira
No começo de abril, a Voepass demitiu um número não informado de funcionários depois de não conseguir a autorização para retomar as atividades. Uma nota foi emitida para informar que o pedido de recuperação judicial é parte de uma estratégia de reestruturação do capital da empresa.
“A iniciativa ocorre em um contexto desafiador para o setor aéreo regional, que passa por uma diminuição da oferta de acesso ao transporte aéreo no interior do Brasil, e reflete o compromisso da companhia em preservar sua operação, manter o atendimento aos clientes e honrar seus compromissos com colaboradores e fornecedores”, informou.
Eles também ressaltam que essa foi a única saída encontrada para realizar uma reestruturação completa visando à retomada dos serviços. “É importante ressaltar que a medida não engloba os processos indenizatórios ligados ao acidente ocorrido em agosto de 2024, realizados diretamente pela seguradora”, concluiu.