Papa Francisco foi internado 4 vezes desde 2021

Papa Francisco foi internado 4 vezes desde 2021


Líder da Igreja Católica morreu nesta 2ª feira (21.abr.2025) aos 88 anos; sofria com problemas respiratórios desde os 20

O papa foi internado em 14 de fevereiro no hospital Policlínico Agostino Gemelli, em Roma, na Itália, para tratar uma bronquite, mas exames revelaram uma pneumonia bilateral. O religioso teve alta em 23 de março e estava em recuperação. Sua última aparição pública foi no domingo (20.abr), na bênção de Páscoa.

O anúncio da morte do papa foi dado na Capela da Casa Santa Marta, no Vaticano, com as seguintes palavras: “Às 7h35 desta manhã [2h35 de Brasília], o Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e de Sua Igreja”.

O papa convivia com problemas respiratórios desde os 20 anos de idade, quando passou pela 1ª cirurgia no sistema respiratório. Entenda abaixo o histórico de saúde de Francisco e saiba como estava o quadro do sumo pontífice antes de morrer:

  •  Remoção parcial de um dos pulmões – 1957

O papa Francisco passou por uma cirurgia, na Argentina, para tratar uma infecção respiratória. À época, aos 20 anos, ele teve parte de um dos pulmões removida.

  • Estreitamento do intestino grosso – 4 a 14 jul.2021

O papa ficou 10 dias internado em Roma, no hospital Gemelli, por causa de um “estreitamento no intestino grosso” causado por diverticulite, segundo o Vaticano. Ele precisou passar por uma cirurgia para remoção de 33 centímetros do cólon.

  • Diverticulite – 24.jan.2023

O sumo pontífice voltou a sofrer com a diverticulite que o levou à cirurgia em 2021.

  • Infecção respiratória – 29.mar.2023 a 1.abr. 2023

Depois de sentir uma dor aguda no peito e apresentar dificuldade para respirar, o papa Francisco passou 3 dias internado no hospital Gemelli. Desta vez, com um quadro de infecção respiratória, ele foi diagnosticado com bronquite.

  • Cirurgia no abdome – 7.jun.2023

O papa passou por uma cirurgia abdominal de 3 horas sob anestesia geral. Os médicos disseram que não houve complicações.

Em mar.2023, o religioso foi internado depois de ter dificuldades respiratórias.

Em dez.2023, o papa Francisco teve um novo quadro de bronquite que o forçou a cancelar a agenda oficial. Na época, ele estava com a ida à COP 28, em Dubai, confirmada.

Em 7.dez.2024, o papa caiu e bateu o rosto em uma mesa de cabeceira. A Igreja foi questionada sobre os hematomas depois de uma aparição pública do papa com manchas no queixo.

Em 16.jan.2025, Francisco caiu e machucou o antebraço direito, segundo o Vaticano. Foi informado que o papa não chegou a ter fraturas, mas precisou ficar com o membro imobilizado.

  • Infecção polimicrobiana respiratória

Em fev.2025, o papa Francisco foi diagnosticado com uma infecção polimicrobiana das vias respiratórias. Em 14.fev, foi internado no Hospital Policlínico Agostino Gemelli, em Roma, Itália, para tratar uma bronquite. Estava com um quadro febril, classificado pelo Vaticano como “regular”.

A infecção polimicrobiana é causada quando há uma infecção originada por mais de um microrganismo. Ela pode ser de tipos diferentes, como vírus, bactérias, fungos ou protozoários. Instala-se quando um microrganismo encontra condição favorável e provoca múltiplas infecções nos órgãos. Em 18.fev, o papa foi diagnosticado com uma pneumonia bilateral.

Em 22.fev, os médicos do sumo pontífice disseram pela 1ª vez que o quadro dele era crítico. Na época, o papa sofreu de uma crise respiratória asmática prolongada.

Ainda com quadro crítico, o líder teve, em 23.fev, uma insuficiência renal leve. O boletim do Vaticano divulgado naquele dia dizia que Francisco não tinha mais crises respiratórias.

No dia 28.fev, o papa saiu do estado crítico, mas à tarde ele teve uma crise isolada de broncoespasmo. O episódio causou um agravamento do quadro respiratório. O papa foi submetido a uma broncoaspiração para remover secreções ou líquidos das vias aéreas e precisou iniciar uma ventilação mecânica não invasiva. É uma técnica de apoio respiratório através de uma máscara facial ou nasal, sem a necessidade de intubação ou traqueostomia.

Em 3.mar, o papa sofreu de insuficiência respiratória aguda por causa do acúmulo de muco nos brônquios. Foram realizadas duas broncoscopias com necessidade de aspiração de secreções. À tarde, foi retomada a ventilação mecânica não invasiva.

No dia 7.mar, o papa Francisco completou 3 semanas internado e com um quadro “estável dentro de um quadro complexo”.

Radiografias mostraram, em 12.mar, uma evolução positiva no quadro do papa. Ele continuava recebendo oxigênio de alto fluxo de dia e máscara mecânica não invasiva durante o sono noturno.

Em 19.mar, os médicos suspenderam a ventilação mecânica não invasiva e a oxigenoterapia de alto fluxo. 

No dia 23.mar, o papa deixou o hospital. A equipe médica disse que ele estava completamente curado da pneumonia dupla, mas ainda estava com a voz afetada e precisava “reaprender a falar”.

Além do histórico de doenças no pulmão e intestino, o papa também convivia com dores crônicas nas costas e nos joelhos. Em 5.mai.2022, o papa fez a 1ª aparição pública em uma cadeira de rodas, quando anunciou que tinha osteoartrite. A doença é degenerativa e causa desgaste na cartilagem e articulações. O papa também utilizava um aparelho auditivo desde dezembro de 2024.





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