Michel Temer fez o convite em 2017 para comemoração dos 300 anos de Aparecida; pontífice enviou carta recusando
O papa Francisco, morto nesta 2ª feira (21.abr.2025), aos 88 anos, evitou visitar o Brasil depois do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Em 2017, o então presidente Michel Temer (MDB) enviou um convite para que o pontífice participasse das comemorações dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida no rio Paraíba do Sul, em São Paulo.
O evento foi realizado em 12 de outubro daquele ano no Santuário Nacional de Aparecida, mas Francisco recusou o convite por meio de uma carta enviada ao governo brasileiro.
“Sei bem que a crise que o País enfrenta não é de simples solução, uma vez que tem raízes sociais, políticas e econômicas, e não corresponde à Igreja nem ao Papa dar uma receita concreta para resolver algo tão complexo”, disse o papa, segundo o G1, que teve acesso ao conteúdo na época.
“Porém não posso deixar de pensar em tantas pessoas, sobretudo nos mais pobres, que muitas vezes se veem completamente abandonados e costumam ser aqueles que pagam o preço mais amargo e dilacerante de algumas soluções fáceis e superficiais para crises que vão muito além da esfera meramente financeira”, acrescentou. Francisco escreveu no texto que, por causa da agenda intensa, não poderia visitar o Brasil.
O Papa afirmou ainda que incluía o Brasil de modo especial em suas orações e falou sobre um pedido feito a Nossa Senhora Aparecida quando inaugurou a imagem da padroeira do Brasil nos Jardins do Vaticano em 2016. Na ocasião, o Francisco pediu que Aparecida continue a proteger o país e o povo brasileiro “neste momento triste”.
Embora, a íntegra da carta não tenha se tornado pública, em nota divulgada à época, o Vaticano confirmou o envio e afirmou que tratava-se de “uma carta pessoal e de caráter privado” na qual o papa respondeu que seus compromissos não lhe permitiam vir ao Brasil.
“O papa respondeu infelizmente não poder ir porque outros compromissos não lhe permitiam”, disse em nota. “Ademais, como o próprio presidente Temer em sua carta fazia referência a seu compromisso no combate aos problemas sociais do país, o papa ressalta tal aspecto e encoraja a trabalhar pela promoção dos mais pobres”, acrescentou.
Temer já havia se encontrado com o papa em 2013, quando ainda era vice-presidente, durante a visita do pontífice ao Rio de Janeiro para a Jornada Mundial da Juventude.

Michel Temer em despedida ao papa Francisco, que havia visitado o Brasil em julho de 2013 para participar da Jornada Mundial da Juventude
Eis alguns dos encontros que personalidades dos governos, do Judiciário, do Legislativo e da sociedade realizaram com Papa Francisco:
Presidentes, vice-presidentes e primeiras-damas
- Janja Lula da Silva (12.fev.2025) – a primeira-dama teve um encontro com o papa no Vaticano quando viajou a Roma para uma reunião sobre desenvolvimento agrícola;
Assista a vídeo com imagens do encontro (1min32s):
- Geraldo Alckmin (8.dez.2024) – o vice-presidente (PSB) encontrou-se com o papa no Vaticano. Ele representou o governo brasileiro na elevação do arcebispo de Porto Alegre, Jaime Spengler, a cardeal. Como governador (PSDB) em 24 de julho de 2013, Alckmin havia recepcionado o papa em visita a Aparecida (SP);

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), em encontro com o papa Francisco, no Vaticano em dezembro de 2024
- Luiz Inácio Lula da Silva (14.jun.2024) – o presidente (PT) e a primeira-dama se reuniram com o papa na Puglia, região do sul da Itália. Eles e o papa foram ao local para a Cúpula do G7. Lula se reuniu com o papa no Vaticano em 21 de junho de 2023 durante viagem à Itália. Em 13 de fevereiro de 2020, quando estava sem cargo, reuniu-se com o papa em audiência privada no Vaticano. Lula e Francisco voltaram a se encontrar cerca de 1 ano depois. Em 14 de junho de 2024, o petista e o pontífice se reuniram em Borgo Egnazia, na região da Puglia, no sul da Itália. Janja também esteve presente. Na ocasião, Lula convidou o papa para participar de uma campanha conjunta para “tornar o mundo mais humano”.
Assista ao momento do último encontro de papa e Lula (1min5s):
- Dilma Rousseff (27.abr.2024) – como presidente do Banco dos Brics, encontrou-se com o papa no Vaticano. Como presidente da República (PT), havia se encontrado com o papa em fevereiro de 2014 no Vaticano, em 23 de julho de 2013 na visita do chefe da Igreja Católica ao Rio e em 19 de março de 2013, em encontro depois de missa de início de pontificado do papa no Vaticano;

Papa Francisco segura camisa da seleção brasileira entregue por Dilma Rousseff durante viagem da ex-presidente ao Vaticano
- Michelle Bolsonaro (13.dez.2019) – a então primeira-dama participou de encontro do papa com outras primeiras-damas da América Latina.

Imagem do encontro de Michelle com o papa Francisco divulgada nas redes sociais da então ministra Damares Alves (Mulher, da Família e dos Direitos Humanos)
Morte do papa
O papa Francisco morreu nesta 2ª feira (21.abr.2025), aos 88 anos. O pontífice foi o 2º líder mais velho a governar a Igreja Católica em 700 anos. Com a saúde debilitada, sofria de problemas respiratórios. Foi internado em 14 de fevereiro no hospital Policlínico Agostino Gemelli, em Roma, na Itália, para tratar uma bronquite, mas exames revelaram uma pneumonia bilateral. O religioso teve alta em 23 de março e estava em recuperação. Sua última aparição pública foi no domingo (20.abr), na benção de Páscoa.
Sua morte foi confirmada pelo Vaticano. O anúncio foi dado na Capela da Casa Santa Marta, no Vaticano, com as seguintes palavras: “Às 7h35 desta manhã [2h35 de Brasília], o Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e de Sua Igreja”.

Argentino nascido na cidade de Buenos Aires em 17 de dezembro de 1936, Jorge Mario Bergoglio foi diagnosticado com pneumonia dupla no início de fevereiro de 2025. Em 2023, Francisco já havia passado 3 dias hospitalizado para tratar uma bronquite. Em março de 2024, não conseguiu ler o seu discurso durante uma cerimônia no Vaticano.
Em 17 de fevereiro, o Vaticano informou que o pontífice enfrentava um quadro clínico complexo. Resultados de exames indicaram que a bronquite havia evoluído para uma infecção polimicrobiana do trato respiratório.
Em 22 de fevereiro, o Vaticano afirmou que Francisco enfrentou uma crise prolongada de asma e precisou passar por uma transfusão de sangue e que ele “não estava fora de perigo”. Os exames realizados mostraram plaquetopenia (diminuição do número de plaquetas no sangue) associada à anemia, o que levou à necessidade da transfusão. “O Santo Padre continua vigilante e passou o dia na poltrona, embora mais debilitado do que ontem”, informou.
Na tarde do dia seguinte, 23 de fevereiro, apesar do quadro crítico, Francisco apresentou melhoras e não teve novas crises respiratórias desde a noite anterior. Ele manteve terapia com oxigênio de alto fluxo por meio de cânulas nasais. Os exames, no entanto, apontaram insuficiência renal inicial leve, que, segundo os médicos, estava sob controle.
Já em 24 de fevereiro, o Vaticano informou que o papa seguia fazendo terapia com oxigênio de alto fluxo por meio de cânulas nasais para ajudar na respiração. No mesmo dia, Francisco teve uma “leve melhora”, recebeu a Eucaristia e, à tarde, retomou suas atividades de trabalho. Fiéis realizaram uma vigília de oração pelo pontífice na Praça São Pedro, no Vaticano.
Depois, o papa não voltou a ter novas crises respiratórias e exames laboratoriais apresentaram resultados mais animadores, informou o Vaticano. No entanto, considerando a complexidade do quadro clínico do pontífice, por precaução, os médicos mantiveram o prognóstico de “estado crítico”. Em 25 de fevereiro, o papa telefonou para o pároco da Paróquia de Gaza para expressar sua proximidade paterna. Ainda por meio do comunicado, agradeceu “a todo o povo de Deus que nestes dias se reuniu para rezar por sua saúde”.
ÚLTIMAS PALAVRAS
Francisco teve alta em 23 de março e iniciou um período de recuperação no Vaticano. No domingo (20.abr.2025), fez uma aparição na varanda da Basílica de São Pedro, durante a celebração da Páscoa no Vaticano. Na cadeira de rodas e com dificuldades para falar, o sumo pontífice desejou aos “queridos irmãos e irmãs” uma “feliz Páscoa”.
Em seguida, ele passou a palavra para o mestre de cerimônias, o monsenhor Diego Giovanni Ravelli, que leu a mensagem “Urbi et Orbi” (“à cidade [de Roma] e ao mundo”) do papa. Ao final, fez a bênção diante dos milhares de fiéis reunidos na Praça São Pedro.
Na mensagem, o papa exortou os políticos a não cederem “à lógica do medo” e fez um apelo ao desarmamento. “A necessidade que cada povo sente de garantir a sua própria defesa não pode transformar-se em uma corrida generalizada ao armamento”, afirmou.
O papa também declarou, no texto, que a esperança trazida pela Páscoa não é um sentimento alienante, mas de responsabilidade. O sumo pontífice lamentou a violência não só nos países, mas também nas famílias —“dirigida às mulheres e às crianças”— bem como o desprezo pelos fracos, marginalizados e imigrantes.
“Gostaria que voltássemos a ter confiança nos outros, mesmo naqueles que não nos são próximos ou que vêm de terras distantes, com modos de vida, ideias e costumes diferentes dos que nos são familiares”, disse.
SAÚDE FRAGILIZADA
A saúde do papa vinha se deteriorando ao longo de seus anos de pontificado. Em 2021, o líder da igreja católica foi internado para realizar uma cirurgia no intestino grosso. Na ocasião, ficou hospitalizado por 11 dias.
Ele também conviveu com problemas cardíacos e sofreu de dor ciática crônica. Enfrentou ainda problemas pulmonares desde os 20 anos, quando removeu parte do órgão.
Outra dificuldade que afetava Francisco era sua redução da mobilidade. Ele começou a ter dores no joelho depois de sofrer uma fratura no ligamento ao dar um passo em falso em janeiro de 2022. Tinha ainda um problema no espaço intervertebral entre a 4ª e a 5ª vértebras lombares que causava dores no quadril e nas costas.
Por causa das condições, Francisco passou a ter problemas para andar. Começou a usar cadeira de rodas e bengala para se locomover.
A idade avançada e a dificuldade para andar fizeram o pontífice anunciar, em 30 de julho de 2022, que havia entrado em uma fase mais lenta de sua liderança. Na época, ele também declarou que, caso sua saúde o impedisse de liderar a Igreja, poderia chegar o momento de considerar a renúncia.
Cerca de 5 meses depois, em 18 de dezembro de 2022, Francisco revelou que havia deixado uma carta de renúncia pronta caso enfrentasse problemas de saúde repentinos que o tornassem “incapacitado” para a função.
O pontífice não usou a carta. Embora tenha tido outros problemas de saúde que causaram preocupações no Vaticano, Francisco demonstrou resiliência. Chegou até a afirmar, em março de 2024, que sua renúncia era uma “hipótese distante”.
Leia abaixo outros problemas de saúde que o pontífice enfrentou:
- 7.jun.2023: foi internado para uma cirurgia abdominal. O procedimento para reparar uma hérnia causada pela operação de 2021 durou 3 horas e não teve complicações;
- 26.nov.2023: teve uma infecção pulmonar depois de uma gripe leve;
- 24.fev.2024: Francisco cancelou compromissos por causa de uma gripe leve;
- 22.dez.2024: apareceu usando aparelhos auditivos pela 1ª vez. O Vaticano, à época, não comentou sobre o uso dos aparelhos, nem informou sobre o possível problema de saúde que levou o papa a utilizar a prótese auditiva;
- 16.jan.2025: sofreu uma contusão no antebraço direito depois de cair em sua residência na Casa Santa Marta. O Vaticano informou que o líder religioso não sofreu fratura, mas teve que imobilizar o braço por precaução;
- 14.fev.2025: foi internado para tratar uma pneumonia bilateral.
PONTIFICADO LIBERAL NOS COSTUMES
O argentino Jorge Mario Bergoglio tornou-se o 266º papa e chefe de Estado da Cidade-Estado do Vaticano em 13 de março de 2013, depois da renúncia de Bento 16. Ele foi o 1º latino-americano e o 1º jesuíta a comandar a Igreja Católica.
O nome Francisco foi escolhido em homenagem a Francisco de Assis, santo que renunciou a uma vida de luxo para ajudar os pobres. A simplicidade e a humildade foram, inclusive, os valores centrais de seu pontificado. Ele era conhecido como o “papa do povo”.
Ao fazer sua 1ª aparição como papa, Francisco optou por vestir uma simples túnica papal branca, em vez da capa vermelha tradicionalmente usada por pontífices recém-eleitos.
O líder religioso também escolheu não morar no luxuoso apartamento apostólico, como seus antecessores fizeram. Preferiu viver na Casa Santa Marta, uma residência considerada mais simples em comparação com os aposentos papais no Palácio Apostólico.
Ao completar 10 anos de pontificado, Francisco se tornou o papa mais popular desde João Paulo 2º, morto em abril de 2005.
Seu tempo à frente da Igreja Católica foi marcado, conforme o Vatican News, pela “fraternidade humana, a atenção à família, a ecologia integral, o combate aos abusos na igreja, a presença na sociedade e uma nova perspectiva para os cristãos leigos”.
Apesar de manter as doutrinas tradicionais da Igreja Católica, Francisco adotou uma atitude mais acolhedora, inclusiva e focada na misericórdia e justiça social. Era conhecido por ser um líder transparente e liberal nos costumes.
O pontífice reafirmou diversas vezes que “todos são filhos de Deus” e, com essa máxima, buscou aproximar a igreja católica de pessoas até então mantidas à margem do catolicismo, como divorciados e homossexuais.
Em 2015, por exemplo, declarou que a igreja “não tem as portas fechadas para ninguém” e que os divorciados “não estão excomungados” e “não podem ser tratados como tal”.
Sobre a comunidade LGBTQIA+, Francisco afirmou que as leis que criminalizam a homossexualidade são “injustas”. Também declarou que a orientação sexual “não é crime”, apesar de ser pecado, e pediu aos religiosos que acolham pessoas LGBTQIA+ na Igreja Católica.
Foi durante o pontificado de Francisco que o Vaticano autorizou, pela 1ª vez na história da igreja católica, que padres administrem bênção a casais do mesmo sexo. Embora a mudança não signifique o reconhecimento da união entre casais homoafetivos, ela representa um passo importante em direção a uma maior inclusão dentro da igreja.
Também foi no comando do pontífice que o Vaticano começou a permitir que homens gays entrem em seminários para se tornarem padres, desde que se abstenham de fazer sexo. A medida foi anunciada em 10 de janeiro de 2025. É válida inicialmente só na Itália por um período experimental de 3 anos.
O líder religioso buscou ainda promover os direitos das mulheres dentro da igreja. Em 6 de janeiro de 2025, Francisco fez história ao nomear a 1ª mulher para chefiar um grande escritório do Vaticano. A freira italiana Simona Brambilla se tornou a “prefeita” responsável por supervisionar todas as ordens religiosas da Igreja Católica.
Antes disso, o pontífice concedeu cargos de 2º comando em alguns escritórios do Vaticano a mulheres. Ele também apoiou a possibilidade de mulheres se tornarem diaconisas, ou seja, assumirem uma função ministerial dentro da Igreja, como realizar batismos e casamentos. Em 2020, determinou a criação de uma comissão para estudar o assunto.
ABUSOS NA IGREJA
Francisco buscou tratar com seriedade os relatos de abusos sexuais e pedofilia cometidos por integrantes da Igreja Católica. Depois de assumir o papado em 2013, o pontífice teve acesso a um dossiê sobre o tema, elaborado pelo pontificado anterior, e passou a tomar medidas firmes.
Em 2014, criou a Comissão para a Tutela de Menores. O órgão consultivo do Vaticano tem a missão de propor e promover iniciativas para proteger crianças e adolescentes de abusos sexuais dentro da igreja.
Também passou a exigir prestação de contas de bispos e ordenou a criação de comissões de investigação em várias partes do mundo. Em 2019, decretou o fim do segredo pontifício para os casos de abuso sexual, permitindo maior transparência nas investigações.
O papa atualizou ainda uma lei da igreja de 2019 que obriga sacerdotes e religiosos a denunciarem crimes de abuso sexual ao Vaticano. A determinação foi estendida a leigos que lideram associações internacionais ligadas ao catolicismo.
Em suas cartas e declarações a fiéis, o líder religioso condenou o acobertamento de abusos, afirmando que tais práticas deixaram “uma marca inapagável” na igreja . Ele também manifestou solidariedade às vítimas, reconhecendo o sofrimento físico e psicológico que enfrentaram. Agradeceu ainda aos jornalistas pela contribuição na revelação dos casos.
VIDA ANTES DO PAPADO
O argentino Jorge Mario Bergoglio era arcebispo de Buenos Aires quando foi escolhido para liderar a Igreja Católica. Foi o 1º papa do continente e o 1º jesuíta a chegar ao cargo máximo do catolicismo.
Conforme a biografia publicada no site do Vaticano, enquanto arcebispo na Argentina, ele “tornou-se um ponto de referência por causa de suas tomadas de posição fortes durante a dramática crise econômica que abalou o país em 2001”.
Bergoglio nasceu na capital argentina em 17 de dezembro de 1936. Era filho de imigrantes italianos. Se formou como técnico químico e, depois, escolheu o caminho do sacerdócio.
Em março de 1958, entrou no noviciado da Companhia de Jesus. Completou os estudos humanísticos no Chile e, já de volta à Argentina, em 1963, obteve a licenciatura em filosofia. De 1964 a 1966, foi professor de literatura e psicologia em colégios argentinos. Estudou teologia de 1967 a 1970.
Em 13 de dezembro de 1969, foi ordenado sacerdote. Em 22 de abril de 1973, emitiu a profissão perpétua aos jesuítas, ou seja, se comprometeu a viver de acordo com os votos de pobreza, castidade e obediência, de forma permanente e irrevogável, dentro da Companhia de Jesus.
Na Argentina, foi mestre de noviços, professor em faculdade de teologia, consultor da província da Companhia de Jesus e reitor de colégio.
Foi eleito, em julho de 1973, provincial dos jesuítas no país sul-americano, cargo que desempenhou por 6 anos. Depois, retomou o trabalho no campo universitário. Em 1986, partiu para a Alemanha, onde concluiu a tese de doutorado.
Em 20 de maio de 1992, o então papa João Paulo 2º o nomeou bispo titular de Auca e auxiliar de Buenos Aires. Em 3 de junho de 1997, foi promovido a arcebispo coadjutor de Buenos Aires. Menos de 9 meses depois, em 28 de fevereiro de 1998, virou arcebispo.
Três anos mais tarde, em 21 de fevereiro de 2001, foi nomeado cardeal. Permaneceu no cargo até ser escolhido como papa em 13 de março de 2013.