Trump solicita diretrizes após Suprema Corte suspender deportações de venezuelanos

Trump solicita diretrizes após Suprema Corte suspender deportações de venezuelanos


Administração busca respaldo jurídico para continuar com remoções com base em outras normas migratórias

O governo dos Estados Unidos solicitou à Suprema Corte orientações legais sobre como prosseguir com deportações de imigrantes venezuelanos após a suspensão temporária do uso da Lei de Inimigos Estrangeiros, de 1798. A solicitação foi feita neste fim de semana pelo Departamento de Justiça da gestão do ex-presidente Donald Trump, após a Corte determinar que nenhuma deportação de cidadãos da Venezuela ocorra até nova deliberação judicial.

A medida da Suprema Corte foi tomada no sábado (19/4) em resposta a um pedido de emergência feito por representantes da União Americana pelas Liberdades Civis. A organização alertou que um novo voo com deportados venezuelanos estava prestes a partir do território norte-americano sem que os imigrantes tivessem tido acesso ao devido processo legal.

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Trump fala de Elon Musk durante discurso / Reprodução

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A lei utilizada pela administração Trump para acelerar deportações, datada do século XVIII, permite a remoção de cidadãos de países considerados “inimigos” em períodos de conflito, sem a necessidade de revisão judicial ou comunicação prévia aos afetados. No entanto, segundo a ACLU, esse procedimento vinha sendo aplicado sem que os imigrantes fossem informados adequadamente, impedindo qualquer contestação jurídica antes da remoção.

 

Impasses jurídicos e reações oficiais

O procurador-geral interino dos Estados Unidos, D. John Sauer, afirmou que o governo não se oporia à permanência no país dos imigrantes que ingressarem com pedidos de habeas corpus. Ainda assim, ele destacou que a suspensão da deportação ocorreu antes que instâncias inferiores tivessem tempo de avaliar os argumentos e comprovações envolvidas no caso.

Em comunicado oficial, a Casa Branca reiterou que o ex-presidente Donald Trump pretende utilizar todos os recursos legais disponíveis para manter fora do país estrangeiros que representem, segundo o governo, riscos à segurança nacional. Entre as justificativas apresentadas está a presença de membros da organização criminosa Tren de Aragua entre os imigrantes da Venezuela.

A decisão atual representa o segundo bloqueio à aplicação direta da Lei de Inimigos Estrangeiros por parte do Judiciário norte-americano. No início do mês, em 7 de abril, a Suprema Corte havia permitido o uso da legislação com a condição de que os imigrantes recebessem notificação prévia e tivessem acesso a revisão judicial. Segundo os advogados da ACLU, esse procedimento não foi seguido pelas autoridades.

Agora, o Departamento de Justiça busca alternativas legais para continuar a deportação de venezuelanos com base em outras normas migratórias que não sejam alvo de disputas judiciais.

 



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