Setor do agropecuário brasileiro pede mais segurança jurídica após invasões do MST

Setor do agropecuário brasileiro pede mais segurança jurídica após invasões do MST


Governador Mauro Mendes, durante a abertura de uma feira agropecuária, elogiou a atuação da Polícia Militar, que conseguiu frustrar as invasões

EVANDRO LEAL/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDOAto em defesa da democracia intitulado de "Sem anistia para golpistas", reune centenas de militantes do Movimento Sem Terra (MST),
MST, insatisfeito com a lentidão do governo federal em relação à reforma agrária, intensificou suas ações em comparação ao ano anterior

O setor agropecuário brasileiro está enfrentando um período de crescente tensão, com um aumento significativo nas invasões de propriedades rurais promovidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Durante a primeira semana do “abril vermelho”, um período historicamente marcado por ocupações de terra, o MST já contabilizou invasões em dez estados. O movimento, insatisfeito com a lentidão do governo federal em relação à reforma agrária, intensificou suas ações em comparação ao ano anterior, gerando preocupações entre os produtores rurais que clamam por maior segurança jurídica. Em Mato Grosso, um dos estados mais afetados, foram registradas mais de 50 tentativas de invasão, todas sem sucesso. O governador Mauro Mendes, durante a abertura de uma feira agropecuária, elogiou a atuação da Polícia Militar, que conseguiu frustrar as invasões.

cta_logo_jp

Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp!

O secretário de Segurança do estado, coronel Ri, confirmou que 56 tentativas foram impedidas, reforçando a política de tolerância zero do governo estadual em relação a invasões de terras. Mendes assegurou que essa postura firme será mantida, destacando a importância de proteger os direitos dos proprietários rurais. Enquanto isso, o Palácio do Planalto tem apelado por calma entre os militantes do MST, citando limitações orçamentárias como justificativa para a demora na implementação da reforma agrária. O governo argumenta que o programa estava paralisado desde a gestão de Michel Temer e pede compreensão diante das dificuldades atuais. No entanto, a resposta do governo não tem sido suficiente para acalmar os ânimos, e as tensões continuam a crescer, com o MST pressionando por ações mais rápidas e efetivas.

Governadores de diferentes estados também têm se manifestado publicamente sobre a situação. Jorginho Melo, de Santa Catarina, criou a sigla Movimento dos Trabalhadores Rurais com Terra (MCT) como uma resposta ao MST, buscando representar os interesses dos produtores rurais. Já Romeu Zema, de Minas Gerais, tem se alinhado aos produtores rurais, condenando as invasões promovidas pelo movimento. A situação evidencia a complexidade do debate sobre a reforma agrária no Brasil, que envolve questões de justiça social, segurança jurídica e desenvolvimento econômico.





Source link