Henri Castelli volta a interpretar Jesus Cristo no espetáculo Paixão de Cristo, que será encenado em Fortaleza nesta sexta-feira, 18 de abril, com duas sessões, e no sábado, 19 de abril, com uma apresentação. O evento reúne 240 atores e conta também com a participação da atriz Adriana Birolli, no papel de Maria.
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O ator falou sobre o significado pessoal de reviver o papel e relembrou momentos marcantes desde a primeira vez que participou da montagem. “Quando fui chamado pela primeira vez, minha família toda, que é cristã, me influenciou muito. Isso me ensinou um princípio que eu levo comigo até hoje dentro da Paixão de Cristo”, disse.
Henri contou que o papel teve um impacto espiritual profundo em sua vida. “Mesmo tendo sido católico e conhecido outras religiões, eu aprendi que, na Bíblia, Deus não tem religião. Ele está acima de todas. Isso ficou martelando na minha cabeça”, afirmou.
O ator também relembrou os desafios do início da carreira e a insegurança de subir ao palco. “A primeira vez que participei do espetáculo, eu estava morrendo de medo. Eu estava no início da minha carreira, não estava acostumado com teatro aberto. E era uma responsabilidade enorme: eu ia interpretar Jesus. Era um ator consagrado no papel antes de mim, e eu só pensava que não ia conseguir. Mas ali eu entendi, como Davi enfrentando Golias, a verdadeira força que vem da fé.”
Segundo Henri, a conexão com a própria história familiar foi essencial para enfrentar o desafio. “Lembro que, num momento, me concentrei e pensei em tudo que minha família falava no Natal sobre Deus, sobre Jesus. Minha avó falava muito disso. E aquilo tudo voltou. Eu entendi que, se eu estava ali, era porque Deus me colocou ali. Até hoje acredito nisso.”
Ele também refletiu sobre fé e superação. “Se passamos por dificuldades, é porque Deus está nos preparando. Às vezes, ele nos coloca no deserto para nos ensinar a esperar. A fé, pra mim, é isso: uma convicção. Não importa se você perde o emprego, a casa, tudo… Se você tiver fé, você continua.”
O ator encerrou citando uma das passagens bíblicas que o inspira. “Lembro da história de Moisés: atrás vinha o exército, dos lados montanhas e mato, e na frente o mar. Mesmo assim, Deus mandou seguir. E Moisés foi. Então eu aprendi que a fé não é sentimento, é certeza. O sentimento me dizia ‘você não vai conseguir’, mas a fé dizia ‘vai’. E eu segui. Sempre pedi a Deus: ‘Coloca a mão na minha cabeça e me guia.’”