Embaixada dos EUA afirma que “só existem dois sexos” após Erika Hilton ter visto alterado

Embaixada dos EUA afirma que “só existem dois sexos” após Erika Hilton ter visto alterado


Segundo a Embaixada, a postura adotada segue uma diretriz oficial do governo dos EUA

A polêmica envolvendo a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) e a Embaixada dos Estados Unidos ganhou destaque nesta semana após a parlamentar ter sua identidade de gênero desconsiderada em um visto diplomático emitido pelo país norte-americano. O documento classificou Erika como “masculino”, o que gerou protestos da deputada e levou a uma resposta oficial da representação americana no Brasil.

Segundo a Embaixada, a postura adotada segue uma diretriz oficial do governo dos EUA. 

“A Embaixada dos Estados Unidos informa que os registros de visto são confidenciais conforme a lei americana e, por política, não comentamos casos individuais. Ressaltamos também que, de acordo com a Ordem Executiva 14168, é política dos EUA reconhecer dois sexos, masculino e feminino, considerados imutáveis desde o nascimento”, afirmou o órgão.

Veja as fotos

Divulgação

Erika HiltonDivulgação

Reprodução Instagram

Reprodução Instagram

Erika Hilton (Reprodução)

Erika HiltonErika Hilton (Reprodução)

Reprodução

Erika Hilton, deputada federalReprodução

Erika Hilton (Reprodução)

Erika HiltonErika Hilton (Reprodução)


Erika Hilton, que foi convidada a palestrar na Universidade de Harvard e no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), classificou o episódio como um ato de transfobia institucional.

“É uma situação de violência, de desrespeito, de abuso, inclusive, do poder porque viola um documento brasileiro, que é nosso. É uma expressão escancarada, perversa, cruel, do que é a transfobia de Estado praticada pelo governo americano”, afirmou.

Nas redes sociais, a deputada continuou se manifestando contra a atitude da representação diplomática americana.

“Se a embaixada dos EUA tem algo a falar sobre mim, que falem baixo, dentro do prédio deles. Cercado, de todos os lados, pelo nosso Estado Democrático de Direito.”

Em tom crítico, Erika também destacou a gravidade de um governo estrangeiro desconsiderar documentos emitidos oficialmente por outro país.

“O que me preocupa é um país estar ignorando documentos oficiais acerca da existência dos próprios cidadãos, e alterando-os conforme a narrativa e os desejos de retirada de direitos do Presidente da vez.”



Source link