Rumo à casa própria: Flamengo averigua terreno onde quer construir estádio exclusivo

Rumo à casa própria: Flamengo averigua terreno onde quer construir estádio exclusivo


Três empresas iniciam estudos ambientais, geotécnicos e topográficos no Gasômetro; análises vão durar seis meses e embasam o planejamento do futuro estádio rubro-negro

O Flamengo deu início a uma nova fase no projeto do seu estádio próprio. Em comunicado divulgado nesta quarta-feira (16/4), o clube informou que contratou três empresas especializadas para realizarem estudos técnicos no terreno do Gasômetro, no centro do Rio de Janeiro. As análises devem durar cerca de seis meses e servirão como base para o aprimoramento do projeto arquitetônico, coordenado pela “Arena Events + Venues”, responsável pelo conceito apresentado em 2023.

As ações terão início na próxima segunda-feira e envolvem diferentes áreas de conhecimento. A “Aecom” ficará responsável por examinar a contaminação do solo. Segundo o clube, essa é considerada a fase mais complexa da análise técnica. A empresa vai conduzir uma investigação ambiental detalhada, atualizar a avaliação de riscos, definir a estratégia de descontaminação da área e estimar os custos e prazos necessários para essa etapa.

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BAP, em seu primeiro discurso como presidente do Flamengo (Reprodução)

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Já a “Soloteste” cuidará dos estudos geotécnicos, essenciais para a definição da tipologia estrutural, o cálculo das fundações e a estimativa de custos relacionados a essa parte da obra.

A “JDS”, por sua vez, foi contratada para realizar análises topográficas, incluindo levantamento planialtimétrico, identificação de interferências e impactos sobre a vegetação local. A empresa também será responsável por apontar possíveis ações de remediação e compensação ambiental que poderão ser exigidas pelos órgãos reguladores.

“A partir dessas análises, será possível ter uma base técnica sólida para refinar diversas definições do projeto. Com dados mais precisos em mãos, será possível avaliar com maior clareza aspectos como prazos, custos e necessidades específicas, contribuindo para um planejamento alinhado às condições do terreno”, afirmou o clube por meio de nota oficial.

O projeto de construção do estádio teve sua estimativa de custo revisada pela atual diretoria. A gestão anterior, liderada por Rodolfo Landim, previa um investimento de R$ 1,9 bilhão.

A nova administração, comandada por Rodolfo Landim e que tem como figura central o presidente em exercício, Rodrigo Dunshee de Abranches (Bap), considera o valor anterior superficial e trabalha com uma previsão de pelo menos R$ 3 bilhões.

Outro ponto central para o avanço das obras é a descontaminação do terreno, que será custeada pela Prefeitura do Rio. Segundo o clube, os números e dados apurados serão apresentados ao poder municipal assim que os estudos forem concluídos.

Posse e pendências jurídicas

Apesar da posse simbólica ter sido concedida em outubro de 2023, a formalização definitiva da transferência do terreno ainda está pendente. O impasse envolve a desapropriação da área do Gasômetro, arrematada pelo Flamengo em leilão por R$ 138,2 milhões, com um acréscimo de R$ 7,8 milhões após perícia. O valor, no entanto, foi contestado pela Caixa Econômica Federal, que acionou a Justiça.

A disputa deu origem a um processo de mediação conduzido pela Advocacia-Geral da União (AGU), que envolveu o Flamengo, a Caixa, e a Prefeitura. Após cerca de um mês de negociações, chegou-se a um acordo: o clube concordou em pagar uma complementação de R$ 23 milhões, parcelada em cinco anos. Em contrapartida, a Prefeitura do Rio autorizou a transferência dos Cepacs (Certificados de Potencial Adicional de Construção) do Gasômetro para outros terrenos administrados pela Caixa.

O pré-acordo foi assinado no dia 2 de outubro, permitindo que o clube assumisse a posse do terreno no dia seguinte. Ficou estabelecido um prazo de 60 dias para que a documentação final fosse preparada, com todos os detalhes jurídicos pactuados. A assinatura definitiva, prevista para a primeira semana de janeiro, foi adiada a pedido da nova diretoria rubro-negra por mais 90 dias — prazo que se encerrou no início de abril.

Ainda assim, a diretoria solicitou novo adiamento de três meses. Segundo os dirigentes, o adiamento não compromete o cronograma das obras, que dependem principalmente da descontaminação do solo e da retirada da estação de gás da Companhia Distribuidora de Gás (CEG), administrada pela empresa Naturgy.

Com os estudos técnicos em andamento e a resolução jurídica em curso, o Flamengo segue em busca de concretizar o projeto de construir um estádio próprio no coração do Rio.

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