Empresa de saúde estima prejuízos financeiros por causa das medidas tarifárias sobre importações, principalmente de produtos chineses
A Johnson & Johnson, empresa do setor de saúde, projeta que as tarifas sobre importações impostas pelo governo dos Estados Unidos devem causar um impacto financeiro de aproximadamente US$ 400 milhões para a empresa no ano corrente. As informações foram divulgadas pela agência Reuters na 2ª feira (15.abr.2025).
As medidas tarifárias, que incidem principalmente sobre metais e produtos importados da China, são a causa desse impacto financeiro adicional.
“Queremos ser deferentes com o governo Trump em relação às tarifas“, disse Joseph Wolk, CFO da Johnson & Johnson. Ele também comentou sobre a resiliência do setor de saúde, mencionando que é mais robusto contra recessões em comparação a outros setores. “A demanda por saúde é sólida, mais resistente a recessões do que outros setores“, afirmou.
Joaquin Duato, CEO da Johnson & Johnson, propôs alternativas às tarifas. Ele sugeriu que incentivos fiscais seriam uma abordagem mais eficaz para estimular a produção doméstica nos Estados Unidos. “Recomendamos políticas tributárias em vez de tarifas para impulsionar a manufatura americana“, declarou Duato.
A J&J projeta lucros ajustados de US$ 10,50 a US$ 10,70 por ação para o ano, superando as expectativas dos analistas. Apesar disso, suas ações caíram para US$ 154, refletindo preocupações com o setor de dispositivos médicos. A empresa reportou vendas trimestrais de US$ 21,89 bilhões, um aumento de 2,4% em relação ao ano anterior.
A empresa também superou as expectativas de Wall Street para receita e lucro no 1º trimestre. Isso foi impulsionado pelas vendas de medicamentos contra o câncer. A J&J ajustou sua previsão de vendas para 2025, aumentando em US$ 700 milhões. Isso se deve à inclusão do medicamento para esquizofrenia Caplyta em seu portfólio, com aprovação esperada para este ano.