O rapper Soulja Boy, nome artístico de DeAndre Cortez Way, de 34 anos, acabou condenado pela Justiça americana a pagar US$ 4,25 milhões a uma ex-assistente. Isso porque ela o processou por agressão física, abuso sexual e cárcere privado.
A mulher, que preferiu não ter seu nome revelado, relatou experiências de violência constantes durante o tempo em que conviveu com o cantor.
Souja Boy já recebeu acusação de sequestro
De acordo com o processo, a vítima trabalhou para o artista a partir de 2018. Ela relata que, além de desempenhar funções profissionais, também teve um envolvimento romântico com ele. Durante o julgamento, afirmou que sofreu estupros frequentes, além de agressões físicas intensas.
“Estou comprometido em entrar com um recurso e lutar para que a verdade seja revelada”, declarou Soulja Boy após a sentença. O rapper continua negando todas as acusações, sustentando que a relação era consensual.
Violência, ameaças e controle psicológico
Nos autos do processo, a mulher afirmou que chegou a pesar apenas 39 quilos em razão dos traumas e abusos constantes que vivenciou. “Eu nem me sentia mais humana, me sentia como um animal”, declarou em seu depoimento ao tribunal.
A denunciante explicou que não rompeu antes o relacionamento por medo. De acordo com ela, Soulja Boy ameaçava divulgar um vídeo sexual explícito caso decidisse deixá-lo. Além disso, ela relatou que ele fazia ameaças contra a sua família.
Mensagens de texto trocadas entre os dois durante o período do relacionamento acabaram apresentadas. Algumas delas demonstram o padrão abusivo citado pela mulher. “Eu deveria ter te matado”, “Espero que você morra” e “Espero que você pegue corona (COVID-19)” estavam entre as mensagens atribuídas ao rapper.
Em contrapartida, também foram mostradas mensagens em que ele implorava pelo retorno da vítima. “Querida, volte, vamos conversar sério”; “Você está bem? Me desculpa, eu te amo, por favor, me ligue”, escreveu ele em momentos de aparente arrependimento.
Defesa de Soulja Boy tenta descredibilizar vítima
Durante o julgamento, Soulja Boy alegou que a mulher nunca trabalhou oficialmente para ele. Segundo sua versão, teria apenas oferecido um local para ela morar. Em troca, ela o ajudaria com tarefas domésticas, como “enrolar maconha para ele”.
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A defesa do cantor insistiu que a mulher teria criado a história como forma de vingança, motivada por ciúmes e desejo de ganho financeiro. No entanto, o júri não se convenceu com os argumentos apresentados.
Após a decisão judicial, a mulher afirmou à revista Rolling Stone que, apesar de não recuperar tudo o que perdeu, sentiu que houve justiça. “Obviamente, isso não vai devolver tudo o que eu perdi. Perdi muito mais do que ganhei. Minha esperança é de que ele não faça isso com mais nenhuma mulher.”
Condenações anteriores reforçam acusações
A sentença atual não foi a primeira enfrentada por Soulja Boy relacionada a agressões. Em 2023, ele recebeu condenação e teve que pagar US$ 235.900 à ex-namorada Kayla Myers, após agredi-la com uma arma em 2019.
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Na ocasião, a denúncia afirmava que o rapper havia apontado uma arma para a cabeça da vítima, afirmando que ela morreria naquela noite e não conseguiria voltar para casa. O valor determinado pela Justiça englobava despesas com saúde mental e compensações por dor e sofrimento físico e psicológico.
No processo atual, apesar da condenação por abuso sexual e agressões, o rapper foi absolvido das acusações de cárcere privado e de demissão por justa causa.