Supremo dos EUA suspende ordem de reincorporar funcionários federais demitidos

Supremo dos EUA suspende ordem de reincorporar funcionários federais demitidos


Mais alta corte do país, de maioria conservadora, entendeu que as organizações sem fins lucrativos que apresentaram a ação para suspender as demissões em massa não tinham legitimidade para fazê-lo

EFE/EPA/WILL OLIVERDonald Trump
Desde que voltou à Casa Branca, em janeiro, Trump lançou uma ofensiva contra o aparato estatal

A Suprema Corte dos Estados Unidos bloqueou, nesta terça-feira (8), a ordem de um tribunal inferior, que obrigava o governo do presidente Donald Trump a reincorporar milhares de trabalhadores federais demitidos durante o período de experiência. A mais alta corte do país, de maioria conservadora, entendeu que as organizações sem fins lucrativos que apresentaram a ação para suspender as demissões em massa não tinham legitimidade para fazê-lo. Desde que voltou à Casa Branca, em janeiro, Trump lançou uma ofensiva contra o aparato estatal, cortando gastos e demitindo dezenas de milhares dos mais de dois milhões de funcionários federais. No mês passado, ao analisar a ação das ONGs, o juiz William Alsup, da Califórnia, determinou que seis agências federais recontratassem 16 mil trabalhadores demitidos em período de experiência.

Alsup afirmou que a justificativa de “baixo rendimento” para as demissões em massa era uma “farsa” e ordenou que os departamentos do Tesouro, de Assuntos dos Veteranos, da Agricultura, Defesa, Energia e do Interior reincorporassem os funcionários dispensados. Em uma vitória temporária para o governo Trump, a Suprema Corte bloqueou a ordem de Alsup enquanto continua o litígio sobre o caso. Por 7 a 2, o tribunal concluiu que a ordem do juiz “se baseou unicamente nas alegações das nove organizações sem fins lucrativos demandantes neste caso”.

“No entanto, segundo a legislação vigente, tais alegações são atualmente insuficientes para respaldar a legitimação das organizações”, declarou. Dois dos três magistrados liberais do tribunal – Sonia Sotomayor e Ketanji Brown Jackson — divergiram. A decisão da Suprema Corte sobre os trabalhadores demitidos em período de experiência ocorreu um dia depois de a corte dar a Trump outra vitória, em um caso relacionado ao uso de uma polêmica lei de tempos de guerra para deportar migrantes venezuelanos. Na segunda-feira, a corte anulou a ordem de outro tribunal inferior, que proibia as expulsões com base na Lei de Inimigos Estrangeiros, de 1798, mas afirmou que deve ser dada aos migrantes a chance de impugná-la.

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“Acreditamos que essa foi uma vitória contundente”, disse, nesta terça-feira, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt. “Acreditamos firmemente que o presidente agiu com plena autoridade constitucional e a Suprema Corte o deixou muito claro ontem à noite”, acrescentou Leavitt. “Exigimos que a Suprema Corte controle estes juízes que agem como ativistas judiciais, não como verdadeiros árbitros da verdade e da lei”, acrescentou.

*Com informações da AFP
Publicado por Fernando Dias





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