China avalia banir Hollywood de suas telas, diz site

China avalia banir Hollywood de suas telas, diz site


A medida ainda em análise poderia afetar presença de filmes dos EUA no segundo maior mercado do mundo

O impasse comercial entre China e Estados Unidos pode ganhar um novo desfecho no setor cultural. Segundo informações publicadas no site da agência Bloomberg, autoridades chinesas avaliam restringir, ou até mesmo suspender a exibição de produções cinematográficas dos Estados Unidos no país. A medida, ainda em caráter especulativo, seria uma resposta direta ao aumento de tarifas aplicado pelo governo norte-americano a produtos chineses.      

A China mantém uma política rígida de regulação sobre o mercado audiovisual estrangeiro. Atualmente, apenas 34 grandes títulos de Hollywood são autorizados a entrar no circuito comercial chinês por ano, além de uma fatia limitada a 25% da bilheteria total arrecadada permanecer com os estúdios estrangeiros. Obras de menor porte ou independentes dependem de acordos com distribuidoras locais e também estão sujeitas a censura e ao controle de calendário por órgãos reguladores.

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Letreiro de HollywoodReprodução/

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Bandeiras da China e EUAReproduçaõ/REUTERS/Florence Lo

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EUA vs ChinaReprodução/


O mercado chinês continua relevante para os estúdios de Hollywood. Produções recentes, como “Minecraft: O Filme”, arrecadaram valores expressivos no país. Em seu primeiro final de semana, a adaptação do game obteve US$ 14,5 milhões na China, o equivalente a pouco mais de 10% de sua bilheteria internacional total.

Embora a participação chinesa na receita global tenha diminuído nos últimos anos, o país ainda representa uma fatia estratégica na distribuição internacional de blockbusters. Mudanças nos critérios de importação e na liberação de títulos norte-americanos poderiam redirecionar a lógica de investimentos das principais produtoras.

Por ora, o governo chinês não oficializou nenhuma alteração nas regras vigentes. No entanto, o histórico de alinhamento entre decisões econômicas e restrições culturais sugere que o entretenimento pode, mais uma vez, se torna uma ferramenta estratégica nas disputas entre as duas maiores economias do mundo.

 



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