O Flamengo encerrou o primeiro trimestre de 2025 com um número recorde de lesões musculares em comparação aos últimos cinco anos. Dos 10 problemas médicos enfrentados pelo clube até o dia 31 de março, nove foram relacionados a questões musculares, sendo oito na posterior da coxa.
O técnico Filipe Luís comentou sobre o volume de lesões e relacionou ao estilo de jogo da equipe. “Lesões no futebol, 70% são posteriores de coxa, porque o modelo pede. Pressionar, há sprint. Perde, voltar, há sprint, se desmarcar no espaço, há sprint. O músculo que mais pede é esse”, explicou.
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O treinador ainda destacou o impacto do ritmo intenso de partidas no estado físico dos jogadores. “Oito clássicos em 12 jogos. Além do físico tem o mental. Esses jogadores, o que mais admiro, é que não guardam nada. As lesões vão acontecer. É um risco que eu corro pedindo para jogarem assim”, completou.
Comparando o total de baixas no departamento médico no primeiro trimestre de anos anteriores, 2025 aparece como o terceiro pior desempenho. Em 2023, foram 12 casos, enquanto 2021 teve 11. Entretanto, ao isolar apenas os problemas musculares, o número da atual temporada é o mais alto: nove em dez casos registrados. Na temporada de 2021, das 11 lesões, cinco foram musculares. Em 2023, foram quatro em um total de 12.
O Flamengo tem adotado medidas para reduzir o impacto das lesões, incluindo o revezamento de jogadores durante a fase considerada como pré-temporada, até o final do Campeonato Carioca. Mesmo assim, os problemas persistiram, somando sete lesões, dois edemas e um desconforto com fadiga muscular.
Lista de lesões do Flamengo em 2025
A série de problemas médicos começou com Alex Sandro, no dia 8 de fevereiro, ao sofrer uma lesão grau 1 na posterior da coxa esquerda, ficando um mês afastado e perdendo quatro jogos. No mesmo dia, Ayrton Lucas sofreu um edema no joelho esquerdo após um choque no clássico contra o Fluminense, sendo o único caso não muscular da lista. Ele perdeu três partidas antes de retornar.
Juninho foi outro afetado, tendo um edema muscular na coxa direita contra o Botafogo, em 12 de fevereiro, e desfalcando o time por 28 dias. Três dias depois, Michael sofreu a lesão mais grave até o momento: grau 2 para 3 na posterior da coxa esquerda, perdendo quatro jogos e retornando após um mês.
Cebolinha também sofreu uma lesão grau 1 na posterior da coxa direita em 22 de fevereiro e ficou fora de três jogos. Danilo, por sua vez, está afastado há 38 dias devido a duas lesões seguidas na posterior da coxa direita, sendo a mais recente registrada pelo clube no dia 26 de março. O retorno é esperado para a segunda rodada da Libertadores.
Bruno Henrique foi o último jogador a integrar a lista, sofrendo uma lesão grau 1 na posterior da coxa esquerda e desfalcando o time na final do Carioca contra o Fluminense. Com o período de pausa na Data Fifa, conseguiu se recuperar e retornou como titular contra o Internacional.
Fora do clube, Arrascaeta e Gerson também enfrentaram problemas físicos enquanto estavam com suas seleções. O uruguaio sofreu uma lesão no adutor da coxa direita durante as Eliminatórias e deve retornar apenas na segunda rodada da Libertadores, contra o Central Córdoba. Já o volante brasileiro foi cortado da Seleção após sentir uma contratura e fadiga muscular, desfalcando o Flamengo na estreia do Brasileirão e sendo dúvida para o jogo contra o Deportivo Táchira.
Problemas médicos no futebol brasileiro
O Flamengo não é o único clube do Brasil que enfrenta um início de temporada com altos números no departamento médico. O Internacional, que disputa a fase de grupos da Libertadores e enfrenta o Bahia na quinta-feira (3/4), lidera o ranking, com 12 baixas. O Flamengo aparece logo atrás, com 10.
Por outro lado, o Bahia, que precisou disputar a fase preliminar do torneio continental, é o time brasileiro com menos problemas médicos até o momento, somando seis casos.
O Rubro-Negro já tem dois desfalques confirmados para a estreia na Libertadores contra o Deportivo Táchira: Arrascaeta e Danilo, que seguem em recuperação.
