Decisão vem de encontro com o recente uso de Inteligência Artificial que copia os traços dos animes
A Sato Company anunciou nesta terça-feira (1º/4) que os filmes mais icônicos do Studio Ghibli estarão de volta às telonas por meio do Ghibli Fest. O evento especial promete emocionar os fãs com obras como “A Viagem de Chihiro”, “Meu Amigo Totoro”, “O Castelo Animado”, “O Serviço de Entregas da Kiki” e “Ponyo – Uma Amizade que Veio do Mar”.
As datas, locais e valores dos ingressos ainda não foram divulgados, mas a distribuidora garantiu que mais novidades serão anunciadas em breve.
Veja as fotos
“A Viagem de Chihiro”, vencedor do Oscar de “Melhor Filme de Animação” em 2003Divulgação: Studio Ghibli
“Meu Amigo Totoro”, de 1988Divulgação: Studio Ghibli
O titular deste portal, Leo Dias, também entrou na trend! Imagem gerada com base na foto de Leo Dias e Gaby Cabrini na transmissão do show de Luan SantanaReprodução: LeoDias TV
Famosos viram personagens do Studio GhibliReprodução: Instagram
Famosos viram personagens do Studio GhibliReprodução: Instagram
A escolha de promover o festival neste momento não é por acaso: recentemente, uma atualização do ChatGPT-4o, da OpenAI, chamou a atenção ao lançar um gerador de imagens capaz de criar ilustrações com traços que remetem às animações do Studio Ghibli. A nova versão da ferramenta utiliza um modelo multimodal, que permite a geração de imagens com alto grau de precisão e fotorrealismo.
A tendência rapidamente viralizou, levando muitos usuários a transformar fotos pessoais ou virais no estilo Ghibli. Até o CEO da OpenAI, Sam Altman, entrou na brincadeira e compartilhou uma versão sua com o visual das animações.
Contudo, o fenômeno também reacendeu debates éticos sobre o uso de IA na arte, uma questão que já vem sendo discutida na indústria audiovisual há algum tempo. Em 2016, Hayao Miyazaki, cofundador do Studio Ghibli e uma das maiores referências da animação mundial, expressou seu descontentamento com a aplicação da tecnologia em obras artísticas. Ele considera o uso de IA como um “insulto à vida” e afirmou na época que jamais permitiria que ela fizesse parte de suas produções.
Em meio à polêmica, a Sato Company defendeu a importância de reviver a experiência original no cinema. Nas redes sociais, escreveu: “Você viu as imagens estilo Ghibli rodando por aí, certo? Elas são lindas, nostálgicas e encantam… Mas nada se compara à emoção de viver a magia do verdadeiro Studio Ghibli na telona. Enquanto a internet ‘ghiblifica’ o mundo com IA, a Sato Company traz o mundo original de Ghibli para você”, declarou a distribuidora referência em animes, fundada em 1985.
