Comissão da Câmara aprova penas maiores para motoristas que apostarem ‘rachas’ perto de hospitais e escolas

Comissão da Câmara aprova penas maiores para motoristas que apostarem ‘rachas’ perto de hospitais e escolas


De acordo com o texto, se houver lesão corporal grave e comprovação de que não houve intenção do motorista, a punição será de reclusão de 4 a 8 anos — de 6 a 12 anos em caso de morte

Nivaldo Lima/Estadão ConteúdoNivaldo Lima/Estadão Conteúdo
Hoje, em caso de ‘racha’ ou manobras arriscadas, a lei já prevê pena de detenção, de seis meses a três anos

A Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 3755/24, que aumenta a punição de motorista que participar de ‘racha’ ou executar manobras perigosas próximo a escolas, hospitais, terminais de transportes públicos ou locais com concentração de pessoas. ‘Racha’ é uma corrida ilegal entre veículos em vias públicas. O relator, deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO), recomendou a aprovação do texto, após ajustes. “Acato a ideia original, aplicando, no entanto, dosimetria que considero mais adequada e proporcional”, explicou ele. De acordo com o texto aprovado, naquelas áreas e situações mencionadas, se houver lesão corporal grave e comprovação de que não houve intenção do motorista, a pena será de reclusão de 4 a 8 anos. Em caso de morte, a pena será reclusão, de 6 a 12 anos. A proposta aprovada altera o Código de Trânsito Brasileiro.

Como é hoje

Hoje, em caso de ‘racha’ ou manobras arriscadas, a lei já prevê pena de detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de dirigir. Além disso, prevê ainda que:

em caso de lesão corporal grave e comprovação de que não houve intenção do motorista, a pena será de reclusão, de 3 a 6 anos; e
em caso de morte e comprovação de que não houve intenção do motorista, a pena será de reclusão, de 5 a 10 anos.
“A prática de ‘racha’, ou corrida de rua, é um crime de trânsito grave e perigoso, mas a pior consequência é o atentado à vida humana”, disse o autor da proposta, deputado Hugo Leal (PSD-RJ), ao defender as mudanças na legislação.

Próximos passos

O projeto ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois seguirá para o Plenário. Para virar lei, terá de ser aprovado pela Câmara e pelo Senado.

*Com informações da Agência Câmara de Notícias
Publicado por Fernando Dias





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