Fala foi feita em sessão em homenagem aos 40 anos da redemocratização, 1 dia após filho de Bolsonaro anunciar que ficará nos EUA
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse nesta 4ª feira (19.mar.2025) que não há perseguição política, presos e exilados políticos no Brasil. A declaração, realizada em sessão solene em homenagem aos 40 anos da redemocratização no país, foi feita 1 dia depois de o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) anunciar que se licenciará do mandato para morar nos Estados Unidos.
“Nos últimos 40 anos, não vivemos mais as mazelas do período em que o Brasil não era democrático. Não tivemos jornais censurados, nem vozes caladas à força. Não tivemos perseguições políticas, nem presos ou exilados políticos. Não tivemos crimes de opinião ou usurpação de garantias constitucionais. Não mais, nunca mais”, declarou o congressista.
O evento comemora o dia 15 de março, que marca a posse do ex-presidente José Sarney (então no PMDB) como o 1º presidente da República civil depois da ditadura militar (1964-1985).
Estiveram presentes na sessão solene:
- Hugo Motta (Republicanos-PB) – presidente da Câmara dos Deputados;
- Luís Roberto Barroso – presidente do STF (Supremo Tribunal Federal);
- Gleisi Hoffmann (PT) – ministra das Relações Institucionais, que representou o Executivo;
- José Sarney – ex-presidente da República;
- Aécio Neves (PSDB-MG) – deputado federal, que representou seu avô Tancredo Neves (1910-1985), presidente da República que morreu antes de ser empossado.
Motta citou ainda o deputado Ulysses Guimarães (1916-1992), presidente da Assembleia Nacional Constituinte.
“Como muito bem disse o Dr. Ulysses, ‘Todos os nossos problemas procedem da injustiça’. Portanto, é dever desta Casa e de todos os brasileiros estarmos sempre atentos para combater as injustiças. Sem nunca esquecer que a maior de todas as injustiças é privar um povo de sua liberdade”, declarou o congressista.
EDUARDO SE LICENCIA
O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que irá se licenciar temporariamente do mandato para se “dedicar integralmente e buscar as devidas sanções aos violadores de direitos humanos”.
Eduardo ainda justificou a decisão ao alegar perseguição contra ele e seu pai no Brasil. O congressista mencionou a possibilidade de o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes determinar sua prisão.