Bombardeios de Israel à Faixa de Gaza interrompem trégua

Bombardeios de Israel à Faixa de Gaza interrompem trégua


Hamas declara que Tel Aviv encerra cessar-fogo unilateralmente e expõe reféns israelenses a ‘destino desconhecido’; aos menos 330 pessoas morreram no ataque

Omar AL-QATTAA / AFPA woman sits by as a man places the shrouded body of one of the victims killed in Israeli bombardment in the bed of a horse-drawn cart at the Ahli Arab hospital, also known as the Baptist hospital, in Gaza City on March 18, 2025. Israel on March 18 unleashed its most intense strikes on the Gaza Strip since a January ceasefire, with rescuers reporting 220 people killed, and Hamas accusing Benjamin Netanyahu of deciding to
Corpos das vítimas mortas no bombardeio israelense

Os ataques israelenses mais intensos contra Gaza desde a entrada em vigor de um cessar-fogo com o Hamas em 19 de janeiro deixaram mais de 330 mortos nesta terça-feira (18), incluindo crianças, informou o Ministério da Saúde do território palestino. O ministério atualizou o balanço anterior de mais de 200 óbitos e afirmou que mais de menos 330 pessoas morreram nos ataques israelenses contra o território palestino governado pelo Hamas, um nível de violência sem precedentes desde o início da trégua.

“O Ministério da Saúde registrou mais de 330 mortos, a maioria crianças e mulheres palestinas, e centenas de feridos, dezenas deles em estado crítico”, disse à AFP o titular do ministério, Mohamed Zaqut. Após a noite de intensos bombardeios, o Exército israelense ordenou que os moradores de Gaza abandonem as zonas fronteiriças.

A ordem de evacuação está em vigor “especialmente” para as áreas de Beit Hanoun, no norte da Faixa, Khirbet Khuzaa, Abasan al Kabira e Abasan al Jadida, no sul, que são “zonas de combate perigosas”, anunciou na rede social X o porta-voz em idioma árabe do Exército, Avichay Adraee.  Ele também afirmou que os habitantes de Gaza devem seguir “para os abrigos no oeste da cidade de Gaza e na cidade de Khan Yunis”.

O ministro israelense da Defesa, Israel Katz, afirmou que o país continuará combatendo na Faixa de Gaza “até que todos os reféns tenham retornado”. “Não vamos parar de lutar até que todos os reféns tenham retornado para suas casas e que todos os objetivos da guerra tenham sido cumpridos”, afirmou Katz em um comunicado. Entre as metas do governo israelense estão, além do retorno dos sequestrados (vivos e mortos), a destruição do Hamas como força militar ou política na Faixa de Gaza.

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Após os bombardeios, o Hamas afirmou que “trabalha com os mediadores” internacionais para “frear a agressão de Israel”. O Hamas “aceitou o acordo de cessar-fogo e o aplicou completamente, mas a ocupação israelense renegou seus compromissos (…) ao retomar a agressão e a guerra”, afirmou uma fonte do movimento islamista.

“A decisão de Netanyahu de retornar à guerra é uma decisão de sacrificar os prisioneiros da ocupação e uma sentença de morte contra eles”, disse o líder do Hamas, Ezzat al-Rishq, um membro do bureau político do grupo, referindo-se ao primeiro-ministro de Israel.

*Com informações da AFP
Publicado por Victor Oliveira





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