Processo segue em andamento e deve durar até julho; médico pode pegar de oito a 25 anos de prisão
O julgamento sobre a morte de Diego Maradona teve novos desdobramentos na última quinta-feira (13/3), no Terceiro Juizado Penal de San Isidro, na área metropolitana de Buenos Aires. Durante a audiência, o advogado Fernando Burlando, que representa membros da família do ex-jogador, criticou duramente as condições do local onde o ídolo argentino passou seus últimos dias.
“Era uma pocilga, uma imundície raramente vista, inadequada para internação domiciliar. O que eu quero é que eles descrevam o quão sujo isso foi”, declarou Burlando ao tribunal.
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Maradona permaneceu na residência entre os dias 11 e 25 de novembro de 2020, quando faleceu aos 60 anos. Segundo o advogado, a estrutura da casa era precária, com um banheiro de menos de um metro de largura, impossibilitando os enfermeiros de ouvirem qualquer pedido de ajuda do paciente.
No julgamento, Burlando também mencionou a situação do médico Leopoldo Luque, neurocirurgião que está entre os acusados de responsabilidade na morte do ex-jogador. “Sem dúvida, todas as ações que essa gangue de bandidos realizou não lhes deixarão outra alternativa senão a prisão”, afirmou.
A pena estimada para o caso, segundo Burlando, pode variar entre oito e 25 anos de prisão, configurando homicídio. O processo, que começou nesta semana, está previsto para se estender até julho. Maradona faleceu devido a um “edema agudo de pulmão secundário a insuficiência cardíaca crônica exacerbada”.