Suplicy propõe salas de uso supervisionado de drogas em SP

Suplicy propõe salas de uso supervisionado de drogas em SP


Projeto de lei visa criar “espaços seguros” para usuários em regiões como a cracolândia, com apoio de profissionais de saúde

O deputado estadual Eduardo Suplicy (PT-SP) protocolou na 3ª feira (11.mar.2025) um PL (projeto de lei) na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) que propõe a criação de “espaços de uso seguro de substâncias psicoativas” no Estado.

A proposta determina que os locais para o consumo de drogas (Substâncias Psicoativas, entorpecentes e drogas “previamente adquiridas”) e de álcool sejam supervisionados, com acompanhamento de profissionais de saúde. Leia a íntegra do texto (PDF – 616 kB).

“Dadas as proporções que as cenas de uso aberto de entorpecentes tomaram, prejudicando o dia-a-dia de moradores e comerciantes, bem como submetendo os usuários à extrema situação de vulnerabilidade, violência e falta de dignidade, além dos enormes gastos de orçamento público direcionados para a questão, é necessário que o Poder Público repense as políticas que foram empregadas nestas últimas décadas e procure diversificar suas táticas”, diz o PL.

Segundo Suplicy, o objetivo da iniciativa é apoiar o tratamento e a reabilitação de usuários de substâncias. A principal área de foco do projeto é a região da Cracolândia, em São Paulo, conhecida por concentrar dependentes químicos.

O governo estadual seria responsável pela criação desses espaços, destinados a pessoas em situação de vulnerabilidade. Nessas unidades, equipes multidisciplinares realizariam triagens, orientações sobre o uso seguro e encaminhamentos para tratamentos.

Além disso, o PL propõe que pesquisadores monitorem os impactos desses espaços por meio de estudos anuais. Para implementar a medida, Suplicy sugere um orçamento de R$ 1,2 milhão para a criação e manutenção dos locais durante 1 ano.

O projeto justifica a proposta como uma resposta à presença de cenas de uso aberto de drogas, como na Cracolândia, e defende a política de redução de danos como alternativa aos métodos tradicionais.

O texto defende a criação de um “ambiente seguro”, sem a presença de organizações criminosas.

“As salas de uso assistido atenderiam os usuários que buscam locais como a cracolândia, enfraquecendo sua razão de existir”, afirmou Suplicy no texto do projeto.





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