Aliado de Bolsonaro, Portinho também destacou que o Supremo Tribunal Federal não tem avançado em outros processos, como em assuntos relacionados ao ex-presidente

Na manhã desta quinta-feira (13), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, desconsiderou as contestações apresentadas pelas defesas dos denunciados no contexto do golpe de Estado. As alegações vieram dos advogados de figuras proeminentes, como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus ex-ministros, incluindo Walter Braga Netto, Augusto Heleno, Anderson Torres e Paulo Sérgio Nogueira. A lista também abrange militares, como Marcelo Câmara, e ex-assessores, como Filipe Martins, que estão no foco da resposta da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Gonet destacou que uma das decisões do relator, Alexandre de Moraes, já foi analisada e aprovada pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), o que o torna apto para prosseguir com o caso. Além disso, o procurador enfatizou a legitimidade do acordo de delação assinado pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. “É significativo que o colaborador, em sua resposta preliminar, tenha solicitado a manutenção de todos os termos acordados, evidenciando a voluntariedade do pacto e seu compromisso com as cláusulas estabelecidas”, comentou.

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Por outro lado, o senador Carlos Portinho (PL-RJ) expressou ao titular desta coluna um certo estranhamento quanto à rapidez da resposta da PGR. “O cidadão deve se espantar com aquele que tem um processo na Justiça, e eu, que sou advogado, vejo um juiz despachando aos sábados e domingos, com atos sendo praticados no final de semana ou com tanta brevidade. Isso não é a cara do nosso Judiciário. Quem recorre ao Judiciário sabe que a Justiça não só tem seus prazos legais, mas também o seu tempo de maturação, inclusive de estudo, tanto por parte de um lado quanto do outro. Existe um prazo que gostaríamos que fosse mínimo, mas, infelizmente, os prazos de tramitação na Justiça para o cidadão comum são bem morosos”, disse Portinho.
Aliado de Bolsonaro, Portinho também destacou que o Supremo Tribunal Federal não tem avançado em outros processos, como em assuntos relacionados ao ex-presidente Jair Bolsonaro. “Há causas paradas há mais de dez anos, por exemplo, no próprio STF, e, por conta disso, há um certo estranhamento: uma rapidez que, muitas vezes, parece indicar que a pressa é inimiga da perfeição ou então que é um jogo combinado”, concluiu.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.