Agência de meteorologia dos EUA pode cortar 20% do quadro

Agência de meteorologia dos EUA pode cortar 20% do quadro


Lançamento de balões meteorológicos e outras atividades essenciais já foram suspensas por falta de pessoal

A Noaa (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica), principal agência de meteorologia e ciência climática dos EUA, foi instruída pelo governo Trump a se preparar para perder mais mil funcionários. A medida ocorre após cerca de 1.300 servidores já terem deixado a instituição nas últimas semanas, o que representaria quase 20% dos 13 mil funcionários totais (10.mar.2025). As informações foram divulgadas pelo jornal New York Times.

As possíveis reduções podem comprometer a capacidade da agência justamente quando se aproxima a temporada de furacões. Algumas atividades essenciais, como o lançamento de balões meteorológicos, já foram suspensas por falta de pessoal.

Segundo uma fonte ouvida pelo NYT, gerentes da Noaa devem entregar até esta 3ª feira (11.mar.2025) propostas de demissões e reorganizações, sem orientações claras sobre quais áreas preservar. A iniciativa faz parte das “reduções de força” exigidas por Donald Trump, que busca cortes rápidos e extensos na administração federal com apoio do bilionário Elon Musk.

O Projeto 2025, plano de políticas da Heritage Foundation que influencia ações do governo, descreve a Noaa como “um dos principais motores da indústria de alarme sobre mudanças climáticas” e sugere seu desmantelamento, com funções eliminadas ou privatizadas.

De acordo com o jornal, organizações científicas alertam que enfraquecer a agência de US$ 6,8 bilhões pode colocar em risco a segurança de milhões de americanos e potencialmente desestabilizar indústrias desde agricultura e pesca até energia e finanças. Especialistas do setor indicam que empresas privadas de previsão do tempo dependem criticamente dos dados fornecidos pela agência federal, tornando inviável a completa privatização dos serviços.





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