O Ministério de Segurança da província de Buenos Aires, onde está localizada Bahía Blanca, informou em nota que recebeu mais de 100 denúncias de pessoas desaparecidas após a tempestade que devastou esta cidade, que abriga um dos principais portos do país

Uma forte tempestade que atingiu Bahía Blanca, na Argentina, na última sexta-feira (7), resultou na morte de pelo menos 16 pessoas e deixou mais de 1.400 moradores deslocados. O prefeito da cidade, Federico Susbielles, informou durante uma coletiva de imprensa, neste domingo (9), que os danos à infraestrutura local são estimados em aproximadamente US$ 400 milhões, o que equivale a R$ 2,3 bilhões.
O Ministério de Segurança da província de Buenos Aires, onde está localizada Bahía Blanca, informou em nota que recebeu mais de 100 denúncias de pessoas desaparecidas após a tempestade que devastou esta cidade, que abriga um dos principais portos do país. Também indicaram que aproximadamente 1.450 pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas.

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Até o momento foi confirmado o desaparecimento de duas meninas, que foram levadas por uma corrente de água em questão de segundos, um caso que comove a sociedade argentina. A mãe tentava transferir as meninas de 1 e 5 anos de seu carro para uma caminhonete que as ajudava, quando a enchente as arrastou por cerca de 350 metros.
Com a parada do veículo, subiram no telhado para se proteger, mas outra onda as levou em segundos, relatou o ministro da Segurança de Buenos Aires, Javier Alonso, à emissora local Radio Mitre. A mãe “conseguiu sair a mais ou menos 1.200 metros” de distância dali, disse Alonso. Nessa área, está sendo realizada a busca pelas crianças com mergulhadores e equipamentos aquáticos porque ainda há mais de um metro de água.
No fim da tarde, Alonso confirmou que encontraram o corpo sem vida do homem que havia tentado ajudar a mãe e suas filhas de sua caminhonete. “Uma grande parte dos falecidos são (…) pessoas muito idosas que estavam em casas de repouso ou em lares que cuidam de idosos”, disse o prefeito Susbielles em uma entrevista coletiva após confirmar as 15 mortes. Onze já foram identificadas e a prefeitura não descarta a possibilidade de mais mortes nesta cidade de 350 mil habitantes.
Danos milionários
A reconstrução da cidade custará “nada menos que 400 bilhões de pesos”, ou cerca de US$ 400 milhões, estimou Susbielles. “Hoje precisamos (de ajuda) mais do que nunca.” Por sua vez, o governo nacional autorizou uma ajuda de 10 bilhões de pesos (R$ 54,19 bilhões) para reparar danos.
As chuvas começaram na manhã de sexta-feira e pararam à tarde, mas 400 milímetros de água caíram durante o fenômeno, praticamente a mesma quantidade de chuva em um ano na região. O prefeito disse que as equipes de resgate perderam capacidade de resposta quando o arroio Maldonado, que divide Bahía Blanca, transbordou na manhã de sexta.
A água “nos fez perder praticamente 70% da nossa capacidade operacional, perdemos ambulâncias, patrulheiros, móveis, caminhonetes”, contou. Foram “momentos difíceis, eternos”. Bairros inteiros ficaram submersos, revelando apenas os telhados das casas. O nível da água chegou a dois metros em algumas áreas desta cidade portuária, localizada 600 km ao sul da capital argentina, cujas rotas e pontes de acesso foram afetadas, inundadas ou destruídas.
*Reportagem produzida com auxílio de IA e AFP
Publicado por Carol Santos