Israel corta energia elétrica em Gaza para pressionar o Hamas

Israel corta energia elétrica em Gaza para pressionar o Hamas


Medida anunciada pelo ministro de Energia de Israel busca pressionar o grupo extremista para renovação do cessar-fogo na Faixa de Gaza

O ministro de Energia de Israel, Eli Cohen, ordenou a interrupção do fornecimento de energia elétrica para a Faixa de Gaza neste domingo (9.mar.2025). A medida seria uma resposta às ações do grupo extremista Hamas e busca pressioná-lo pela renovação do cessar fogo.

O anúncio do corte de eletricidade foi dado pelo ministro no X (ex-Twitter). Escreveu: “Assinei agora uma ordem para cortar imediatamente o fornecimento de eletricidade à Faixa de Gaza. Chega de conversa, é hora de agir!”.

No entanto, segundo o The Wall Street Journal, um oficial de segurança israelense disse que Gaza obtém a maior parte de sua eletricidade de geradores e painéis solares, desde que o Hamas danificou a infraestrutura usada por Israel.

Segundo ele, a única eletricidade que Israel agora fornece para Gaza é uma linha direta para a usina de dessalinização do enclave, e que a energia não pode ser transferida para outro lugar dentro do enclave. 

O corte de energia é parte de uma série de ações adotadas por Israel, visando pressionar o Hamas nas negociações de um novo cessar-fogo. As negociações têm sido marcadas por lentidão e tensão. 

No sábado (1º.mar.2025), o Hamas anunciou que havia rejeitado a “formulação” de Israel para estender a paralisação do conflito. O porta-voz do grupo extremista, Hazem Qassem, disse à emissora de televisão árabe Al-Araby que não havia negociações para uma nova etapa do acordo de paz.

Já o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse no domingo (2.mar) ter aceitado os termos propostos pelos Estados Unidos para renovação do cessar-fogo na Faixa de Gaza. 

Em resposta ao Hamas, Israel cortou no domingo (2.mar) a ajuda humanitária no país sob a justificativa de que havia se encerrado o período da 1ª etapa do cessar-fogo. O Hamas disse que a decisão do primeiro-ministro israelense era uma “chantagem barata”.

CESSAR-FOGO

Se aceito, o acordo paralisaria novamente o conflito durante o mês de jejum muçulmano do Ramadan, que termina em 31 de março, e o Pessach, feriado judeu que significa “passagem” em hebraico e se assemelha à Páscoa cristã, celebrado no dia 20 de abril.

No acordo, além dos 42 dias de paralisação, estaria prevista a libertação de metade dos reféns israelenses que ainda estão sob custódia do Hamas, vivos ou mortos, no 1º dia. O restante seria entregue aos poucos até o fim do período. As informações são da Reuters.

O grupo extremista, porém, afirmou que pretende seguir com o acordo original, que previa um fim gradual da guerra em vez de uma nova paralisação temporária do conflito. 

Segundo comunicado do serviço de informação estatal egípcio, também estavam em debate nas negociações pelo acordo medidas para ampliar a entrega de ajuda humanitária à Faixa de Gaza.

A 2ª fase das negociações incluiria a libertação de reféns sobreviventes e a retirada das tropas israelenses do território. A 3ª etapa trataria da devolução dos corpos dos reféns mortos. De acordo com Israel, 59 reféns ainda permanecem em Gaza. Segundo o país, 24 deles estão vivos.





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