O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Lula, se manifestou e cobrou das autoridades uma punição severa aos criminosos do caso Luighi, do Palmeiras, que durante a Conmebol Libertadores Sub-20, na última quinta-feira (6/3), foi vítima de ataques racistas ainda em campo.
O atacante, ainda no gramado, tentou chamar a atenção do árbitro apontando para os criminosos que proferiram as ofensas, porém, sem sucesso.
Ainda muito abalado, o esportista passou a receber apoio da torcida, que permanece indignada já que ainda não foram tomadas medidas contra os homens do Cerro Porteño que praticaram o ato.
Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil, se manifestou e cobrou das autoridades uma punição severa.
“Todo apoio ao nosso jovem Luighi, do Palmeiras, vítima de ato racista no Paraguai. O futebol significa trabalho coletivo, superação e respeito. Racismo significa o fracasso da humanidade. Basta de ódio disfarçado de rivalidade. O mundo não pode mais tolerar esse tipo de violência que fere a dignidade e a esperança da nossa juventude. A FIFA, a Conmebol e a CBF precisam agir e que os culpados sejam exemplarmente responsabilizados”, escreveu Lula.
Leila Pereira, Presidente da Sociedade Esportiva Palmeiras, foi mais que se pronunciou bastante revoltada com o episódio lamentável.
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“Em virtude de tudo que ocorreu ontem com nosso atleta Luighi, fatos repugnantes, não posso deixar de comentar e conversar com vocês a respeito do que ocorreu ontem e as providências que o Palmeiras está tomando em virtude deste crime, que aconteceu novamente com nossos atletas. Assim que terminou o jogo, eu não estava no Paraguai e assisti pela TV. Depois do pronunciamento do Luighi liguei e falei com o atleta. Falei com o João e parabenizei o Luighi pela força, coragem e como se apresentou e falou. Falei que vamos chegar até as últimas instâncias para que o Cerro Porteño, para que o racista, para que os criminosos sejam punidos de uma forma exemplar”, disse a autoridade à frente do clube.
“Inclusive, nós vamos solicitar a exclusão do Cerro Porteño da competição, porque não é a primeira vez que o clube ataca os nossos atletas e torcedores. Em 2022, torcedores do Cerro, ficaram imitando macacos para os nossos torcedores e não aconteceu absolutamente nada. Em 2023, nossos atletas foram chamados novamente de macaco e o Bruno Tabata foi revidar a agressão, foi punido e ganhou 4 meses de suspensão. Nós tentamos reverter a penalidade e não conseguimos. Agora, pela terceira vez, nossos atletas foram atacados por racistas e que todos viram quem foi”, completou Leila bem chateada em coletiva de imprensa.
“Luighi chamou a atenção do árbitro e o árbitro viu, ele inclusive não cumpriu uma determinação da FIFA, que é paralisar o jogo, prender o criminoso e continuar o jogo. Terminado o jogo, fomos procurar as autoridades, o policial falou para o nosso diretor de futebol que aquilo era normal e uma brincadeira. Eles encaram um crime extremamente sério, como uma brincadeira. Isso não é possível! Basta! O Palmeiras não vai mais suportar qualquer tipo de crime contra os nossos atletas: racismo e preconceito. Nós vamos tomar medidas drásticas”, finalizou a advogada e dirigente esportiva brasileira.