Janja recebe familiares de artista venezuelana morta no Amazonas

Janja recebe familiares de artista venezuelana morta no Amazonas


Em publicação no Instagram, Janja disse ser inadmissível que mulheres não tenham o direito de ir e vir livremente

A primeira-dama Janja da Silva disse ser inadmissível que mulheres não tenham o direito de irem aonde quiserem com segurança. Ela se reuniu nesta 5ª feira (6.mar.2025), no Palácio do Planalto, com os familiares da artista venezuelana Julieta Martinez, assassinada no Amazonas em dezembro de 2023. Estava acompanhada da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.

“Conversamos sobre a violência sofrida por Julieta e como os casos de violência contra as mulheres vêm sendo tratados em nosso país. É inadmissível que mulheres não tenham a liberdade de ir e vir, de viajar sozinhas, de viver plenamente sem o medo e a possibilidade de sofrerem algum tipo de violência”, disse.

Janja declarou que seguirá tentando criar um país mais seguro para todas as mulheres: “Vamos seguir criando caminhos que visibilizem as mulheres e que tornem nosso país um lugar cada vez mais seguro para todas nós.”

Entenda o caso

A Polícia Civil do Amazonas indiciou, em janeiro de 2024, Thiago Agles da Silva e Deliomara dos Anjos Santos pelo assassinato da artista venezuelana Julieta Ines Hernandez Martinez. Ambos responderão por ocultação de cadáver, latrocínio e estupro. 

Julieta estava desaparecida desde 23 de dezembro de 2023 e seu corpo foi encontrado em 6 de janeiro de 2024, no município de Presidente Figueiredo, no Amazonas.

A investigação do caso começou depois de um boletim de ocorrência ter sido registrado em 4 de janeiro, relatando o desaparecimento da mulher. Segundo a Polícia Civil, o boletim informava que o último contato da vítima com a família teria sido na madrugada de 23 de dezembro, quando ela teria dito que iria pernoitar em Presidente Figueiredo, e em seguida seguiria para Rorainópolis, em Roraima.

Em entrevista a jornalistas na tarde de 8 de janeiro de 2024, o delegado titular da 37ª DIP (Delegacia Interativa de Polícia) de Presidente Figueiredo, Valdinei Silva, disse que, diante da informação do trajeto da artista, foram realizadas buscas em pousadas da região para obter notícias sobre o paradeiro de Juliana.

“Já na manhã de 6ª feira [5.jan.2024], fomos até o refúgio e localizamos Thiago, que disse que a mulher havia pernoitado no local e seguido para a rodovia”, afirmou o delegado.

De acordo com Valdinei Silva, no mesmo dia um morador localizou partes da bicicleta da artista e acionou a polícia. Depois da chegada da polícia ao local, Thiago tentou fugir, mas foi capturado. Ele e a companheira foram conduzidos à delegacia. Durante os depoimentos entraram em contradições, até confirmarem a autoria do crime.

“A vítima estava dormindo em uma rede na varanda do local, quando Thiago pegou uma faca e foi até ela para roubar seu aparelho celular. Eles entraram em luta corporal, ele a enforcou, a jogou no chão e pediu que Deliomara amarrasse os pés dela. Em seguida, ele a arrastou para dentro da casa, pediu que a esposa apagasse as luzes e passou a abusar sexualmente da vítima”, disse o delegado.

O delegado disse que depois de Deliomara ter visto a cena, jogou álcool e ateou fogo nos 2. Thiago conseguiu apagar o fogo com um pano molhado e foi até uma unidade hospitalar receber atendimento médico. 

Julieta foi enforcada com uma corda e teve seu corpo enterrado em uma cova rasa nas proximidades do local onde estava.

O casal foi preso em flagrante em 5 de janeiro e teve a prisão convertida para preventiva pela Justiça do Amazonas no dia seguinte. 





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