Presidente da Comissão Europeia pede mais flexibilidade fiscal para que países aumentem investimentos na área militar
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou neste domingo (2.mar.2025) que a Europa precisa se rearmar “com urgência” e que os Estados-membros devem ter mais flexibilidade fiscal para aumentar os investimentos em defesa.
A declaração foi feita depois de uma reunião em Londres sobre o apoio à Ucrânia.
“Todos entendemos que, após um longo período de subinvestimento, agora é de extrema importância aumentar o investimento em defesa por um período prolongado”, disse von der Leyen a jornalistas.
Ela também disse ser necessário que a Europa mostre aos Estados Unidos que está preparada para “defender a democracia”.
A fala se dá depois do desentendimento público entre o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o presidente dos EUA, Donald Trump (Partido Republicano), na Casa Branca.
Na 6ª feira (28.fev), o republicano acusou Zelensky de “flertar” com a possibilidade de uma 3ª Guerra Mundial ao resistir a um acordo para encerrar o conflito com a Rússia.
Durante a reunião, Trump pressionou o líder ucraniano a aceitar um cessar-fogo. Ele argumentou que o presidente russo, Vladimir Putin, estaria disposto a negociar.
Desde 2022, os Estados Unidos mantiveram apoio à Ucrânia sob o governo de Joe Biden (Democrata), mas a gestão Trump tem sinalizado uma reaproximação com Moscou.
LÍDERES EUROPEUS REAGEM
Líderes europeus se manifestaram nas redes sociais ainda na 6ª feira (28.fev) em defesa de Zelensky.
O presidente da França, Emmanuel Macron (Renascimento, centro), afirmou em seu perfil oficial no X (ex-Twitter) que o agressor era a Rússia, enquanto a Ucrânia seria a vítima. “Fizemos bem em ajudar a Ucrânia e sancionar a Rússia há três anos —e continuaremos fazendo isso”, declarou o líder francês.
A presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen também saiu em defesa do ucraniano. No X, ela escreveu: “Sua dignidade honra a coragem do povo ucraniano. Seja forte, seja corajoso, seja destemido. Você nunca estará sozinho, querido presidente Zelensky”.
Olaf Scholz, chanceler da Alemanha, também manifestou apoio à Ucrânia.