Última escola de samba a se apresentar no Anhembi, a Camisa Verde e branco reverenciou Cazuza e na transmissão da Globo, o repórter Tiago Eltz passou por um climão logo de início. Isso porque ele levou uma mega bronca, ao vivo, de um dos diretores da agremiação, já ao amanhecer deste sábado, 1º de março.
Entenda o enredo do Camisa Verde e Branco
O jornalista entrevistava Lucinha Araújo, mãe do saudoso Cazuza, quando ela se preparava para subir no carro alegórico.
“Está emocionante aqui, porque está aqui com a gente a Lucinha Araújo, a mãe do Cazuza, que vai desfilar também. Nós estamos saindo porque ela tem que ir para o carro dela”, explicou ele.
Em seguida, o jornalista perguntou sobre a diferença dessa homenagem em relação a outras já recebidas pelo cantor. “Essa é diferente. Primeiro porque já tem 35 anos da falta dele. Segundo que eu estou mais velha, fico mais emotiva”, afirmou Lucinha.
Nesse instante, um diretor da escola interrompeu a conversa. “Eu tô atrasado”, disparou ele. Sem esconder o desconforto, Eltz rapidamente encerrou a entrevista. “O pessoal aqui… Nós vamos… Obrigado, boa sorte. Não vamos atrapalhar a escola. Desculpa”, declarou.
Lucinha seguiu para sua posição no desfile, enquanto o repórter tentava contornar a situação. “A escola está atrasada. Segundo a organizadora… Estão liberando a dona Lucinha. Ela vai chegar num carro, também participando do desfile. Nós vamos mostrar ela chegando no carro dela”, concluiu.
Como foi o desfile do Camisa Verde e Branco
Agenor de Miranda Araújo Neto faleceu em 1990, mas sua essência segue viva. Essa é a proposta do Camisa Verde e Branco para o desfile no Sambódromo do Anhembi, com o enredo O tempo não para! Cazuza – O poeta vive!”.
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O enredo é biográfico, mas é uma biografia musical”, explica Victor Marques, que desenvolve o tema ao lado de Clark Mangabeira. Mangabeira acrescenta em seguida: “Agenor já nasceu Cazuza. Desde a infância ele teve relação com a poesia. A partir daí, os anos vão se passar no desfile através das produções musicais de Cazuza. Cada produção tem um contexto histórico e dessa forma a gente perpassa por toda a carreira mostrando a visão do poeta sobre a realidade que ele viveu.”
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O desfile destacou o lado “exagerado e visceral” do cantor. Escolher quais canções representar foi um desafio, admite Clark. No entanto, algumas faixas ganharam espaço natural na apresentação. Pro dia nascer feliz, por exemplo, encaixa-se perfeitamente, pois a escola encerrará os desfiles de sexta-feira, atravessando a madrugada até o amanhecer de sábado.
