Samba-enredo da terceira escola de samba do desfile do Grupo Especial de São Paulo homenageou a vida e o neto do carnavalesco Jorge Freitas
A terceira escola a desfilar no Grupo Especial de São Paulo na madrugada deste sábado (1º/3), a Dragões da Real, emocionou os foliões com o enredo “A Vida é um sonho pintado em Aquarela”, que, com base na música de Toquinho, faz uma homenagem a Jorginho, neto do carnavalesco Jorge Freitas que morreu em abril de 2024.
Com 19 alas, quatro alegorias e 2,5 mil componentes, os imponentes carros alegóricos e figurinos trouxeram elementos como astronautas, fadas e unicórnios, que fazem menção à infância e às paixões do jovem Jorginho, que sonhava em desbravar o espaço sideral.
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Com base nos versos de “Aquarela” de Toquinho, o samba-enredo da Dragões trouxe um enredo lúdico que faz menção a elementos da infância e faz uma homenagem ao ciclo da vida e à infância, adolescência e velhice.
E a linda homenagem a Jorginho Freitas seguiu o desejo de vitória da escola paulista, que no ano anterior perdeu no desempate para a Mocidade Alegre.
Confira a letra do samba-enredo da Dragões da Real:
Ainda é tempo de recomeçar (bis)
Na tela pintar as emoções
Lição que a vida me fez entender
Meu amor por você, Dragões
Numa folha qualquer
Vou desenhar o meu castelo
Um reino de encanto e magia
Onde a poesia veste o sol amarelo
Sonhar e perceber
Se um pinguinho de tinta cair no papel
Quem sabe, imaginar
Uma linda gaivota voando no céu
Da pureza no olhar da criança
Ao novo mundo que vai despertar
E quando arrancar um sorriso
No azul infinito eu vou navegar
Barreiras virão por todo caminho (bis)
Eterno menino, viajante do tempo
Foi você quem podou os espinhos
Ao colher a flor, o meu sentimento
Que vai
Seguir em frente a cada partida
Ensinar a cura pra qualquer ferida
E valorizar o que passou
Veja bem, a lágrima escorre no meu rosto
Dores de um mundo ainda exposto
Sei que todo ciclo tem o seu final
Mas sempre estarei na sua vida
Feito um astronauta que um dia enfim
Em aquarela (bis)
Colorindo lembranças que nunca tem fim