Relatório divulgado pelas forças militares afirma que houve falhas na proteção dos civis israelenses
O Exército de Israel disse que subestimou a capacidade do Hamas antes dos ataques de 7 de outubro de 2023 e que “falhou em sua missão de proteger os civis israelenses”, segundo um relatório militar divulgado nesta 5ª feira (27.fev.2025).
De acordo com informações da agência Reuters, o documento detalha como o país não estava preparado para a ofensiva do grupo palestino, que resultou na morte de 1.200 pessoas e no sequestro de mais de 250 reféns, segundo números do governo israelense.
ERRO DE AVALIAÇÃO
A investigação aponta que, por anos, Israel operou sob a suposição de que o Hamas não tinha interesse em um grande conflito e que qualquer mudança nesse cenário seria detectada com antecedência pela inteligência militar.
Além disso, o governo acreditava que o grupo palestino poderia ser dissuadido de uma guerra por meio da melhoria das condições de vida na Faixa de Gaza.
“Acreditava-se que o Hamas poderia ser influenciado por meio de pressões que reduziriam sua motivação para a guerra, principalmente através da melhoria das condições de vida na Faixa de Gaza”, diz o documento.
O relatório também afirma que Israel concentrou seus esforços militares e de inteligência em outras frentes, como o enfrentamento ao Hezbollah no Líbano, o que contribuiu para o fator surpresa do ataque.
INVESTIGAÇÃO NACIONAL
A divulgação do relatório se dá em meio a uma pressão interna para que o governo israelense conduza uma investigação oficial sobre as falhas de segurança que permitiram o ataque.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, no entanto, declarou que qualquer inquérito só será aberto depois do fim da guerra. A 1ª fase do acordo está prevista para terminar no sábado (1º.mar).
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