Temperaturas extremas podem acelerar o envelhecimento celular e aumentar a idade biológica em até 2 anos e 8 meses
Pesquisadores da USC (Universidade do Sul da Califórnia) descobriram que a exposição a temperaturas acima de 32ºC pode acelerar o envelhecimento celular conforme testes aplicados em pessoas de mais de 56 anos. A análise mostrou que o calor extremo afeta o DNA e o funcionamento dos órgãos, aumentando a idade biológica em até 2 anos e 8 meses. Eis a íntegra (PDF – 1 MB).
O estudo também constatou que 30 dias consecutivos de calor acima de 32ºC podem acelerar o envelhecimento biológico em cerca de 51 dias. Os cientistas usaram relógios epigenéticos para estimar a idade biológica, comparando o DNA do sangue com o histórico de calor onde os participantes residiam.
Os resultados mostraram uma correlação entre residir em áreas com mais dias de calor extremo e um aumento na idade biológica. A exposição ao calor pode fazer com que as células e órgãos funcionam como se fossem mais velhos do que a idade cronológica.
“É realmente sobre a combinação de calor e umidade, particularmente para adultos mais velhos, porque adultos mais velhos não suam da mesma forma. Começamos a perder nossa capacidade de ter o efeito de resfriamento da pele que vem dessa evaporação do suor”, explicou Jennifer Ailshire, autora sênior do estudo.
O estudo é o 1º a mostrar as mudanças no DNA causadas pelo estresse térmico ao longo do tempo. De acordo com os autores, a associação persistiu mesmo após ajustes para diferenças socioeconômicas, demográficas e fatores de estilo de vida.