Congresso em Foco

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O presidente Lula editou a Medida Provisória ( MP 1289/25) que libera um crédito extraordinário de R$ 4,17 bilhões para a retomada do financiamento do Plano Safra 2024-2025. A decisão, publicada nesta terça-feira (25) no Diário Oficial da União, foi tomada após a suspensão dos financiamentos agrícolas subvencionados no plano, determinada na semana passada pelo Tesouro Nacional.

Veja a íntegra da MP 1289

Medida provisória vai permitir novas contratações de financiamento no âmbito do Plano Safra

Medida provisória vai permitir novas contratações de financiamento no âmbito do Plano SafraWenderson Araujo/Confederação Nacional da Agricultura/Trilux

Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a medida foi decidida após conversas com o presidente Lula e o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rêgo. “O presidente Lula pediu uma solução imediata para o problema. O fato de não termos um orçamento aprovado coloca problemas na execução orçamentária e poderia comprometer o andamento do Plano Safra. Com isso, estamos editando uma MP que atende às linhas de crédito do programa”, afirmou o ministro na última sexta-feira (21).

Orçamento e juros

A suspensão de novos contratos, anunciada na quinta-feira (20), afetou todas as linhas de crédito do Plano Safra, exceto o custeio do Pronaf, destinado à agricultura familiar, devido ao aumento da Selic, a taxa básica de juros, e à pendência da aprovação da lei orçamentária de 2025 no Congresso.

A indefinição orçamentária se deve ao atraso na votação do orçamento de 2025, que deveria ter sido aprovado em 2024. No entanto, as discussões foram postergadas devido à tramitação do pacote fiscal, prioridade do governo no Congresso Nacional no final do ano passado. Com isso, diversas áreas da economia, incluindo o agronegócio, foram impactadas pela incerteza sobre a alocação de recursos.

O episódio aumentou a tensão entre a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e o governo. A FPA atribuiu a suspensão dos contratos do Plano Safra à “falta de responsabilidade fiscal” do governo. Em nota, a frente parlamentar afirmou que a elevação da taxa Selic impactou diretamente os financiamentos. “No mesmo dia em que o crédito rural é suspenso, a Presidência da República afirma não haver necessidade de cortar gastos. Culpar o Congresso Nacional pela própria incapacidade de gestão dos gastos públicos não resolverá o problema”, declarou a FPA em nota.



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