Decisão do CEO Brian Niccol afeta 7% da força de trabalho e busca aumentar a eficiência operacional da empresa
A Starbucks anunciou a demissão de 1.100 funcionários corporativos, o que representa 7% de sua força de trabalho global fora das lojas. A decisão do CEO da companhia, Brian Niccol, faz parte de uma estratégia para aumentar a eficiência operacional.
A medida, divulgada pela Bloomberg nesta 2ª feira (24.fev.2025) tem como objetivo acelerar a recuperação da empresa e impulsionar o seu crescimento. Os funcionários afetados serão notificados até 3ª feira (25.fev) e foram orientados a trabalhar remotamente durante esta semana.
A Starbucks busca revitalizar a marca por meio dessa reestruturação. Como a maior parte de sua força de trabalho atua nas cafeterias, os cortes atingem principalmente posições corporativas, sem afetar funcionários que atuam diretamente nas operações de armazenamento, fabricação, distribuição e torrefação dos produtos.
Nos Estados Unidos, até setembro de 2024, a Starbucks empregava 211.000 colaboradores, sendo que 95% trabalhavam nas lojas. Fora dos EUA, a empresa contava com 150.000 funcionários, mantendo proporções semelhantes.
Os funcionários desligados continuarão recebendo salário e benefícios até 2 de maio, além de uma indenização baseada no tempo de serviço. A empresa também oferecerá apoio para a transição de carreira.
“Reconheço que esta é uma notícia difícil. No entanto, acreditamos que essa mudança é necessária para posicionar a Starbucks para o sucesso futuro”, afirmou Brian Niccol.
RETORNO AOS ESCRITÓRIOS
Segundo a Bloomberg, a Starbucks também começará a exigir que funcionários de alto nível, como vice-presidentes e cargos superiores, trabalhem presencialmente nos escritórios de Seattle ou Toronto ao menos 3 vezes por semana.
Já os funcionários em níveis de diretoria ou inferiores poderão continuar trabalhando remotamente. No entanto, a empresa passará a exigir que novos contratados para a maioria dos cargos estejam localizados em Seattle (Estados Unidos) ou Toronto (Canadá).
FUNCIONÁRIOS EM GREVE
O corte se dá 2 meses depois de trabalhadores de mais de 300 lojas nos Estados Unidos realizarem uma greve na véspera de Natal de 2024. Na ocasião, funcionários de lojas em 45 Estados norte-americanos aderiram à paralisação, motivada por impasses relacionados a salários, alocação de pessoal e escalas de trabalho.
As reivindicações dos trabalhadores incluem reajustes salariais que acompanhem a inflação e o custo de vida nas grandes cidades, além de jornadas de trabalho mais previsíveis.
Funcionários grevistas em Chicago (Illinois) afirmaram que o salário médio de US$ 21 por hora é insuficiente diante das condições atuais, especialmente porque raramente recebem a carga horária completa de 40 horas semanais.