Milei diz, sem provas, que USaid financiou fraude eleitoral no Brasil

Milei diz, sem provas, que USaid financiou fraude eleitoral no Brasil


Argentino aproveitou discurso em cúpula conservadora para criticar o que chamou de “maior escândalo” já visto

O presidente argentino, Javier Milei (Partido Libertário, direita), disse que a USaid (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional) financiou uma fraude nas eleições presidenciais no Brasil em 2022 –o que definiu como o “maior escândalo político já visto”.  

“Nos Estados Unidos, o escândalo da USaid, que destinava milhões de dólares dos pagadores de impostos para financiar desde revistas e canais de televisões, até fraudes eleitorais em Brasil ou governos com aspirações discriminatórias, como o da África do Sul”, afirmou no sábado (22.fev.2025), durante discurso na Cpac (Conferência de Ação Política Conservadora, em português),

Assista:

A acusação não é nova. Começou quando um ex-funcionário do Departamento de Estado, Michael Benz disse, também sem provas, que a USaid tentou prejudicar a campanha para a reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2022. 

O discurso ecoa em lideranças conservadoras no Brasil, como mostrou a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Segundo Cid, o ex-presidente teria pressionado o general Paulo Sergio Nogueira, então ministro da Defesa, para que o relatório das urnas eletrônicas das eleições presidenciais de 2022 apontasse fraude na apuração.

CRITÍCAS À USAID

A USaid vem sendo atacado pelo empresário Elon Musk, que chefia o Doge (Departamento de Eficiência Governamental) de Donald Trump. Musk disse que a USaid é um “ninho de víboras de esquerda radical”. Trump adotou a mesma narrativa contra a agência desde que assumiu o 2º mandato. Ele justifica o encerramento para reduzir gastos federais, alegando desperdício, e quer fechar a agência.

CPAC

A Cpac é um dos maiores encontros de lideranças conservadoras do mundo. Anualmente, é realizada nos Estados Unidos. Essa foi a 1ª ediçãodesde a volta do republicano Donald Trump à Casa Branca. 





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