Apresentadora falou sobre “fiscais do samba”, moda ousada e representatividade feminina durante coroação no Camarote Allegria
A apresentadora Adriane Galisteu foi coroada como rainha do Camarote Allegria, na manhã desta sexta-feira (21), em um evento fechado no luxuoso hotel Copacabana Palace, na Zona Sul do Rio. Durante a celebração, ela conversou com repórter do portal LeoDias, Monique Arruda, e abordou temas como críticas sobre seu desempenho na avenida, liberdade na moda e a importância da representatividade feminina no Carnaval.
Críticas dos “fiscais do samba”
Adriane respondeu aos comentários sobre suposta falta de samba no pé, afirmando que sua trajetória no Carnaval fala por si só. “Olha, se tem um lugar que eu me sinto muito confortável, e me sinto parte importante na história do Carnaval, é na avenida. São mais de 30 anos na avenida”, pontuou, enfatizando seu envolvimento com a folia.
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A comunicadora ressaltou que críticas sobre desempenho na avenida não a afetam e fez um apelo para que outras mulheres também não se deixem abalar. “Estou aqui pra dizer, que não posso admitir, isso não me abala, e espero que não abale nenhuma mulher. Nem as 40 mais, 50 mais, 100 mais, não interessa”, desabafou.
Carnaval como espaço democrático
Para Adriane, o Carnaval é uma festa inclusiva e democrática, onde julgamentos sobre aparência e desempenho não deveriam existir. “Se tem um lugar que pode ficar todo mundo do jeito que quiser, é na avenida. […] É inadequado, errado, fora de contexto, principalmente em uma festa como o carnaval”, criticou.
A apresentadora também destacou que a folia é um dos últimos espaços verdadeiramente livres para expressão pessoal, independentemente de nome, idade, corpo ou conta bancária. “Sobraram poucas festas pra gente. […] Não importa quem você é, não importa seu nome, sobrenome, sua conta bancária, seu estilo, seu corpo, nada disso deve importar no carnaval”, afirmou.
Impacto das críticas na autoestima feminina
Preocupada com o impacto das críticas na autoestima das mulheres, Adriane fez um alerta sobre os “fiscais do samba” que, segundo ela, usam julgamentos para desmotivar. “Eu fico preocupada com mulheres que se abalam. Mulheres que por causa disso deixam de sair de casa, repensam a roupa que vão usar, repensam se vão pro carnaval. Então assim, é muito pesado a gente viver isso em 2025”, declarou.
Moda e Ousadia
Adriane também comentou sobre o vestido ousado que usou na coroação, afirmando que o Carnaval é o lugar onde se sente mais livre para brincar com a moda. “Está tapando o que tem pra tapar, gente. Se tem um lugar que eu posso me jogar, é aqui que eu me sinto segura, tranquila”, disse.
A apresentadora destacou que sempre teve um estilo ousado e gosta de brincar com a moda como forma de expressão. “Aliás, eu sempre fui essa mulher, de usar e ousar com a moda, eu gosto de brincar com a minha roupa, brincar com estilo. Acho que a moda faz você pensar fora da caixa, então eu gosto de brincar com isso”, afirmou.